Ao longo dos últimos 30 anos, as tradicionais variedades crioulas, foram substituídas por cultivares híbridas, com maior potencial produtivo, mas que exigem mais tecnologia para expressar seu potencial produtivo e consequentemente a um aumento considerável no custo de produção, tornando-se inacessível a grande parte dos pequenos agricultores. O presente estudo teve como objetivo, avaliar o potencial produtivo de variedades de milho (Zea mays L.) crioulo na Região Noroeste do Rio Grande do Sul. O experimento foi instalado no campo, avaliando-se uma cultivar híbrida comercial e duas variedades de milho crioulo, ambos com e sem adubação mineral. O delineamento experimental foi em blocos ao acaso (DBC) em plantio direto, com quatro repetições, totalizando seis tratamentos. As parcelas foram delimitadas com tamanho de 3,2 x 2 m e espaçamento de 0,80 m entre linhas com uma densidade de cinco sementes por metro linear. Nesse estudo foram avaliados os seguintes parâmetros: produtividade de grãos (PG), peso de mil grãos (PMG), peso de espiga (PE) e altura de planta (AP). Os materiais avaliados diferiram quanto a PMG, destacando-se a variedade bico de ouro que obteve maior peso de grão, os demais parâmetros avaliados não demostraram diferença significativa. As variedades de milho crioulo apresentaram adaptabilidade suficiente para produzir igual ou superior a variedade de milho híbrida, mostrando-se uma opção alternativa de renda e produção de alimento para o agricultor familiar.