Desempenho dos Stents Farmacológicos de Segunda Geração com Liberação de Everolimus no Tratamento de Pacientes com Lesões Coronárias De Novo

Revista Brasileira De Cardiologia Invasiva

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ISSN: 1041843
Editor Chefe: Áurea Jacob Chaves
Início Publicação: 31/12/1992
Periodicidade: Trimestral
Área de Estudo: Medicina

Desempenho dos Stents Farmacológicos de Segunda Geração com Liberação de Everolimus no Tratamento de Pacientes com Lesões Coronárias De Novo

Ano: 2011 | Volume: 19 | Número: 2
Autores: José Ary Boechat e Salles, Júlio César Machado Andrea, Leandro Assumpção Cortes, Hélio Roque Figueira
Autor Correspondente: José Ary Boechat e Salles | [email protected]

Palavras-chave: Angioplastia, Stents farmacológicos, Doença das coronárias.

Resumos Cadastrados

Resumo Português:

Os stents farmacológicos com eluição de everolimus
(SEE) têm se mostrado seguros e efetivos em estudos
clínicos randomizados. Este estudo avaliou a evolução
clínica tanto inicial como tardia de pacientes tratados na
prática diária com SEE. Métodos: Estudo retrospectivo com
portadores de doença coronária isquêmica tratados exclusivamente
com SEE. Foram incluídos pacientes com lesões
de novo, em vasos nativos, sem qualquer restrição ao quadro
clínico de apresentação. Acompanhamento tardio foi realizado
para avaliar a ocorrência de óbito, infarto agudo do
miocárdio (IAM) ou necessidade de revascularização do
vaso-alvo (RVA). Resultados: A média de idade foi de 62,1 +
11,9 anos, dois terços eram do sexo masculino, com elevado
porcentual de pacientes diabéticos (49,2%), e 51,6% eram
portadores de angina estável. Doença multiarterial estava
presente em 54,8%, com disfunção moderada a grave do
ventrículo esquerdo em 11,3%. Predominaram as lesões
complexas B2/C (79%), com implante monitorizado pelo
ultrassom intracoronário em 57,3% dos casos. Ao menos
uma indicação off-label ocorreu em quase 60% dos pacientes.
Nos primeiros 30 dias observou-se IAM em 2,4%,
RVA em 1,6% e trombose do stent em 1,6%. Com seguimento
clínico de 92% dos pacientes, por período médio de
16 meses, observou-se reintervenção em apenas 0,9% e
nenhum IAM adicional. Nenhum óbito foi constatado nessa
população de pacientes. Conclusões: Os resultados deste
estudo sugerem que o implante de SEE em uma população
não-selecionada é seguro, com reduzida ocorrência de
eventos adversos a longo prazo.



Resumo Inglês:

Everolimus-eluting stents (EES) have proven to
be safe and effective in randomized clinical trials. This study
evaluated the early and late clinical follow-up of patients
treated with EES in the daily practice. Methods: Retrospective
study in patients with ischemic coronary disease treated
with ESS alone. Patients with “de novo” lesions, in native
vessels, were included. Patients were evaluated in the
long-term follow-up for the occurrence of death, acute myocardial
infarction (AMI) or the need of target-vessel revascularization
(TVR). Results: Mean age was 62.1 + 11.9
years, 75% were male, there was a high percentage of
diabetics (49.2%) and 51.6% had stable angina. Multivessel
disease was observed in 54.8% and moderate to
severe left ventricular dysfunction in 11.3%. There was a
prevalence of complex B2/C lesions (79%), and the procedure
was monitored by intravascular ultrasound in 57.3%
of the cases. At least one off-label indication was observed
in nearly 60% of the patients. At 1-month follow-up AMI
was observed in 2.4%, TVR in 1.6% and stent thrombosis in
1.6% of the patients. Complete long-term data were obtained
in 92% of the overall cohort, with a mean follow-up of
16 months. TVR was observed in only 0.9% of the patients
and there was no additional AMIs. There were no deaths in
this population. Conclusions: The results of this study suggest
that EES implantation in a non-selected population is safe,
with a low rate of long-term adverse events.