DESEMPENHO ESG, RISCO E A (IN)EXISTÊNCIA DO COMITÊ DE RISCO NAS EMPRESAS BRASILEIRAS

Revista Mineira de Contabilidade

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ISSN: 2446-9114
Editor Chefe: Profª. Dra. Nálbia de Araújo Santos
Início Publicação: 16/10/2000
Periodicidade: Quadrimestral
Área de Estudo: Ciências Sociais Aplicadas, Área de Estudo: Ciências Contábeis

DESEMPENHO ESG, RISCO E A (IN)EXISTÊNCIA DO COMITÊ DE RISCO NAS EMPRESAS BRASILEIRAS

Ano: 2023 | Volume: 24 | Número: 3
Autores: A. C. de Vasconcelos, F. Y. de A. Guedes, D. B. Guimarães & F. B. R. Tavares
Autor Correspondente: A. C. de Vasconcelos | [email protected]

Palavras-chave: esg, risco de mercado, comitê de risco

Resumos Cadastrados

Resumo Português:

O objetivo deste estudo é analisar a relação entre o desempenho ESG e o risco de mercado nas empresas brasileiras. Foram coletados dados nas bases Economática® e Refinitiv® de 73 empresas listadas na B3, totalizando 365 observações referentes ao período 2017-2021. Foram realizados estatística descritiva, análise de correlação, teste de diferença de médias Mann-Whitney, análise de correspondência múltipla (ACM) e os modelos foram estimados através dosMínimos Quadrados Ordinários com coeficientes e erros padrões robustos à heterocedasticidade e Mínimos Quadrados Generalizados para dados em painel. A análise descritiva indica que as empresas possuem maior desempenho nos pilares social e de go-vernança, se comparado ao pilar ambiental. Os resultados do teste de diferença de médias indicam que a existência do comitê de risco nas empresas implica em uma média superior de desempenho ESG, desempenho ambiental, social e de governança, quando comparadas àquelas que não possuem este órgão de assessoria ao conselho de administração. Quanto à ACM, observou-se associações entre um nível baixo de ESG para empresas que não possuem comitê de risco. Os resultados da análise de regressão apontam que o desempenho ESG e o desempenho social influenciam negativamente o risco de mercado. O estudo contribui para subsidiar as empresas, os agentes do mercado e a comunidade científica, ao concluir que, no mercado de capitais brasileiro, empresas preocupadas em manter um alto desempenho ESG tendem a assumir menor risco.



Resumo Inglês:

This study seeks to o analyze the relationship between ESG performance and market risk in Brazilian companies. In order to achieve this objective, data from the Economática® and Refinitiv® databases of 73 companies listed on B3 stock exchange, with a total of 365 obser-vations for the 2017-2021 period. Descriptive statistics, voice analysis, Mann-Whitney mean difference test, multiple correspondence analysis (MCA) and models were estimated Ordi-nary Least Squares with robust coefficients and standard errors for heteroscedasticity and using Generalized Least Squares for panel data. The descriptive analysis indicates that the companies have better performance in the social and governance aspect, when compared to the environmental aspect. The results of the mean difference test indicate that a risk com-mittee in companies implies higher means for ESG performance, environmental, social and governance performance when there were executives who do not have this advisory body to the board of directors. As for MCA, there were correlations between low ESG scores for com-panies that do not have a risk committee. The results of the regression analysis indicate that ESG performance and social performance affect workers and market risk. The present study has a contribution of supporting companies, market agents and the scientific community, as in the Brazilian capital market, companies concerned with maintaining high ESG performan-ce scores tend to take less risks.