A pesquisa investiga o avanço do desenvolvimento capitalista no Baixo Amazonas, no eixo Santarém - Oriximiná, mostrando o processo de desestruturação das comunidades tradicionais ribeirinhas colocadas em risco em função do processo de modernização decorrentes da implantação de rodovias que se originam no Centro-Oeste em direção à Amazônia. O trabalho avaliou dois ecossistemas distintos: o primeiro representado pelas comunidades localizadas nos paranás e o outro, privilegiou residentes na calha dos rios Trombetas e Amazonas. A análise tanto contemplou as atividades econômicas praticadas nestes ecossistemas como também a vivência comunitária destas populações. Por último, foram elaborados tópicos referentes aos principais impactos sócioespaciais provocados pela rodovia Cuiabá-Santarém, que altera a dinâmica das populações tradicionais, à semelhança do ocorrido com a rodovia Cuiabá - Porto Velho e anteriormente, na década de 1970, com a Belém – BrasÃlia. Neste sentido, a preservação das comunidades objetos do estudo são fundamentais para a preservação destes ecossistemas amazônicos em função do desenvolvimento capitalista vinculado à expansão do Complexo de Carne e Grãos, representado pela pecuária e a monocultura da soja e pela mineração de bauxita executada pela Rio Norte, subsidiária da Companhia Vale, em Oriximiná.