Este artigo objetiva avaliar a qualidade das práticas assistenciais ao paciente acamado realizadas por uma empresa terceirizada a uma operadora de saúde da região da grande Vitória-ES, por meio do desenvolvimento de úlcera de pressão como um indicador sentinela. Métodos: relato de experiência feito após implementação do serviço de auditoria de uma operadora de saúde suplementar do tipo medicina de grupo. A amostra foi composta de 20 pacientes acamados, em internação domiciliar, que receberam atendimento por uma equipe multidisciplinar pelo período entre dezembro de 2014 e 2015. Resultados: A amostra era composta em sua maior parte por indivíduos com idade abaixo de 30 anos, do sexo masculino, com tempo de internação de até 3 anos e diagnóstico de doença por causa genética ou neurológica. Nove beneficiários necessitaram da presença do técnico de enfermagem acrescentada na equipe assistencial básica. Apesar de esses pacientes requererem maiores cuidados em relação a seu estado de saúde, nenhum desenvolveu úlcera de pressão durante o período de acompanhamento. Em contrapartida, em 3 pacientes em que o serviço oferecido não era ampliado devido a menor complexidade, houve aparecimento de úlceras de pressão. Conclusão: Apesar da implementação do Projeto de Internação Domiciliar ter resultados satisfatórios, medidas educacionais constantes dos familiares/cuidadores devem ser providenciadas para evitar a ocorrência de úlceras de decúbito em paciente acamados que não recebe atendimento de profissionais de saúde por 24 horas