Tratar do lugar do turismo no desenvolvimento é tema sempre atual. Importa aqui ver as linhas gerais e depois as características com que o tema tem sido tratado e discutido no Brasil. O artigo tem como objetivo apontar as modalidades deste percurso e mostrar as raízes iniciais da gestão do turismo no país, elencando suas modalidades principais. A metodologia parte da recuperação histórica e levantamento de dados e informações relevantes de autores selecionados. No meio de um inegável crescimento, por vezes marcado por bruscas oscilações quantitativas positivas/negativas, com picos de até 20% num ano, diferentes modelos têm surgido gradativamente no Brasil pós-66 para explicar e orientar essa realidade. EMBRATUR, FUNGETUR e outras instituições protagonizaram as diferentes vias (tecnicista, economicista, impulsionista, físico-espacial, comunitária, e finalmente, sustentável), permeiam a trajetória do turismo brasileiro. Hoje os clusters (na modalidade nacional, Arranjos Produtivos Locais) representam a principal via, com estímulo à socialização, à melhora da educação e à profissionalização da população. A crescente rejeição ao turismo que terminava criando “não-lugares” vem cedendo espaço àqueles modelos que postulam o (re) direcionamento a um “lugar” como resultado. É a mudança de atitude que poderá levar a um espaço identitário, relacional e histórico, ou seja, a um verdadeiro lugar que recupere a nossa identidade e nos represente.