Desfechos Tardios da Intervenção Coronária Percutânea com Stent Farmacológico em Pontes de Veia Safena – Dados do Registro InCor

Revista Brasileira De Cardiologia Invasiva

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ISSN: 1041843
Editor Chefe: Áurea Jacob Chaves
Início Publicação: 31/12/1992
Periodicidade: Trimestral
Área de Estudo: Medicina

Desfechos Tardios da Intervenção Coronária Percutânea com Stent Farmacológico em Pontes de Veia Safena – Dados do Registro InCor

Ano: 2011 | Volume: 19 | Número: 2
Autores: Antonio Helio Garcia Pozetti, Carlos Augusto Campos, Luiz F. Ybarra, Henrique B. Ribeiro, Augusto Celso Lopes, Rodrigo B. Esper, André G. Spadaro, Marco A. Perin, Paulo R. Soares, Pedro A. Lemos, Gilberto Marchiori, Pedro Horta, Luiz J. Kajita, Marcus N. Gama, Silvio Zalc, Antonio Esteves, Expedito E. Ribeiro, José A. F. Ramires
Autor Correspondente: Antonio Helio Garcia Pozetti | [email protected]

Palavras-chave: Stents farmacológicos, Veia safena, Angioplastia.

Resumos Cadastrados

Resumo Português:

A segurança e a eficácia do uso de stent farmacológico
para o tratamento de lesões em ponte de veia
safena (PVS) ainda é motivo de controvérsia. Este estudo
avaliou a evolução tardia de pacientes com lesões em PVS
tratados com stent farmacológico. Métodos: Registro unicêntrico
que incluiu todos os pacientes submetidos a intervenção
em PVS com stent farmacológico (n = 82), sem restrições
clínicas ou angiográficas, no período de 2003 a 2009.
Foram avaliadas as taxas de eventos cardíacos adversos
maiores (ECAM), óbito, infarto agudo do miocárdio (IAM),
revascularização do vaso-alvo (RVA) e trombose de stent.
Resultados: A média de idade foi de 67,8 + 10,2 anos, a
maioria era do sexo masculino (85,4%), 40,2% eram diabéticos
e 52,4% eram portadores de angina estável. Foi
utilizado 1,45 + 0,5 stent por paciente, empregando-se o
stent CypherTM na maioria (61%) dos casos. O diâmetro dos
stents foi de 3,22 + 0,39 mm e o comprimento, de 20,1 +
7,3 mm. A taxa de sucesso angiográfico foi de 96,3%. No
seguimento de 4,1 anos, a taxa de ECAM foi de 28%, com
6% de óbito, 19,5% de IAM e 18,2% de RVA. Nesse
período ocorreram dois casos de trombose de stent definitiva
ou provável (2,4%). Conclusões: Os resultados demonstraram,
em seguimento muito tardio, altas taxas de ECAM
em pacientes com lesões de PVS tratados com stent farmacológico,
provavelmente pelo aspecto mais agressivo da
doença vascular em enxertos venosos.



Resumo Inglês:

The safety and efficacy of drug-eluting stents
in the treatment of saphenous vein graft (SVG) lesions remains
controversial. This study assessed the late follow-up of
patients with SVG lesions treated with drug-eluting stents.
Methods: Single center registry including patients undergoing
SVG interventions using drug-eluting stents (n = 82), without
clinical or angiographic exclusion criteria, from 2003 to
2009. The rates of major adverse cardiac events (MACE),
death, acute myocardial infarction (AMI), target vessel revascularization
(TVR) and stent thrombosis were evaluated.
Results: Mean age was 67.8 + 10.2 years, most of them
were male (85.4%), 40.2% were diabetic and 52.4% had
stable angina. An average of 1.45 + 0.5 stents per patient
were implanted and CypherTM was the stent used in most of
the cases (61%). Stent diameter was 3.22 + 0.39 mm and
stent length was 20.1 + 7.3 mm. Angiographic success rate
was 96.3%. In the 4.1-year follow-up, the rate of MACE
was 28%, death 6%, AMI 19.5% and TVR 18.2%. There
were two cases of definitive or probable stent thrombosis
(2.4%) within the follow-up period. Conclusions: Longterm
follow-up showed high MACE rates in patients with SVG
lesions treated with drug-eluting stents, probably due to
the accelerated atherosclerosis that develops within the
grafted vein conduits.