A pretensão deste trabalho é analisar teoricamente uma questão que nas últimas décadas tem sido consideravelmente discutida nas ciências sociais: a concepção de que o gênero e a sexualidade são categorias socialmente construÃdas, ao invés de elementos essencialmente determinados por fatores biológicos ou psicológicos. O objetivo do texto é discutir essa questão a partir de algumas ideias defendidas pelos estudos de gênero e sexualidade nas ciências sociais, pelo pensamento feminista e pela teoria queer, destacando principalmente os argumentos que alguns autores utilizam para explicitar o caráter social das referidas categorias, especialmente no que diz respeito a aspectos de manutenção e de transformação da ordem social.