Em toda a Igreja surgem vozes pedindo que o cristianismo não continue a identificar-se com a cultura ocidental, mas se abra à s diferentes culturas e nelas se inculture, dando continuidade ao dinamismo missionário da Igreja primitiva que o Vaticano II retomou. A ocidentalização do cristianismo, embora tenha produzido frutos positivos, também produziu uma série de efeitos negativos na vivência e expressão da fé cristã, que é necessário corrigir: intelectualismo racionalista, dualismo, imagem de Deus mais ligada ao poder que ao amor e compaixão. Temse a impressão que Atenas predomina sobre Jerusalém. Algumas crises em diversos setores da Igreja podem ser debitadas a esta identificação da fé com a cultura ocidental. Tanto a existência da Igreja cristã Oriental quanto a da Igreja Latino americana mostram que a desocidentalização e a inculturação não são impossÃveis. As diferentes configurações das Igrejas locais não podem ser consideradas suspeitas, mas uma exigência da catolicidade da Igreja universal.