Destinação de animais mortos naturalmente e eutanasiados

Revista Terra & Cultura

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ISSN: 0104-8112
Editor Chefe: Leandro Henrique Magalhães
Início Publicação: 01/09/1981
Periodicidade: Semestral
Área de Estudo: Multidisciplinar

Destinação de animais mortos naturalmente e eutanasiados

Ano: 2019 | Volume: 35 | Número: 68
Autores: Adriano Almeida Martins, Daiany Campanini, Paulo Guimarães Barreto de Carvalho, Fábio Goscinscki
Autor Correspondente: Adriano Almeida Martins | [email protected]

Palavras-chave: inspeção, carnes, carcaça, abate

Resumos Cadastrados

Resumo Português:

Há estabelecido pelo Ministério da Agricultura, pecuária e abastecimento  mediante o decreto Nº 9.013, DE 29 DE MARÇO DE 2017, o Regulamento de Inspeção Industrial e Sanitária de Produtos de Origem Animal  (RIISPOA) que discorre sobre aproveitamento de carcaças para consumo  humano  e  produtos  não  comestíveis  de  animais  mortos  de  forma  natural  ou acidental. Em seu art. 97 dispoem que animais que foram mortos por causas naturais podem ser  aproveitados  com  a  realização  de  exame  de  necropsia.  Segundo  o  RIISPOA,  art.331,  a destinação  destas  carcaças  seguem  para  ser  reaproveitadas  à  fabricação  de  produtos  não comestíveis (ex: a farinha de carne, a farinha de sangue, a farinha de carne e ossos e a farinha de  vísceras)  ou  inutilizados.  Outras  opções  (art.  326  e  327)  seriam  a  destinação  para instituições de ensino, para fins científicos, fabricação de produtos opoterápicos, de insumos farmoquímicos  ou  de  seus  intermediários  e  insumos  laboratoriais.  Quando  acontece  morte acidental  ou  natural  dentro  ou  fora  de  propriedades  e  estabelecimentos  não  existe  legislação que  normatize  a  disposição  de  carcaças  de  animais  mortos.  A  solução  seria  a  reciclagemdestas  carcaças,  um  processo  de  conversão  do  animal  inteiro,  partes  ou  subprodutos  em produto  seguro,  econômico  e  de  importância  social  e  ambiental.  O  Conselho  Federal  de Medicina Veterinária (CMFV), Resolução CFMV nº 876/2008. cita, em seu art. 9º, que “os animais  submetidos  à  eutanásia  por  métodos  químicos  não  podem  ser  utilizados  para consumo, salvo em situações previstas na legislação específica”. Todo animal submetido à eutanásia é considerado carcaça de acordo com a Resolução CONAMA nº 358, que engloba as carcaças, peças anatômicas, vísceras e outros resíduos provenientes de animais submetidos a processos de experimentação com inoculação de microrganismos. Em seu art. 16, define que os  resíduos  do  grupo  A2  devem  ser  submetidos  a  tratamento  com  reduçãode  carga microbiana   e   posteriormente   encaminhados   para   aterro   sanitário   ou   sepultamento   em cemitério de animais.



Resumo Inglês:

The Ministry of Agriculture, livestock and supply has established through decree No. 9,013, OF MARCH 29, 2017, the Regulation of Industrial and Sanitary Inspection of Products of Animal Origin (RIISPOA) which discusses the use of carcasses for human consumption and products not edible from animals killed naturally or accidentally. In your art. 97 state that animals that were killed by natural causes can be used by performing a necropsy examination. According to RIISPOA, art.331, these carcasses are destined for reuse in the manufacture of inedible products (e.g. meat meal, blood meal, meat and bone meal and offal meal) or unused. Other options (art. 326 and 327) would be the allocation to educational institutions, for scientific purposes, manufacturing of opototherapeutic products, pharmochemical inputs or their intermediates and laboratory inputs. When accidental or natural death occurs inside or outside properties and establishments, there is no legislation that regulates the disposal of dead animal carcasses. The solution would be the recycling of these carcasses, a process of converting the entire animal, parts or by-products into a safe, economical product of social and environmental importance. The Federal Council of Veterinary Medicine (CMFV), CFMV Resolution No. 876/2008. cites, in its art. 9th, that “animals subjected to euthanasia by chemical methods cannot be used for consumption, except in situations provided for in specific legislation”. Every animal subjected to euthanasia is considered a carcass in accordance with CONAMA Resolution No. 358, which encompasses carcasses, anatomical parts, viscera and other waste from animals subjected to experimental processes with inoculation of microorganisms. In your art. 16, defines that group A2 waste must be subjected to treatment with microbial load reduction and subsequently sent to a landfill or burial in an animal cemetery.