Desvios posturais em escolares de uma cidade do Sul do Brasil/ Postural deviations of students in Southern Brazil

Revista Paulista De Pediatria

Endereço:
Alameda Santos, 211 - 5° andar, Conj. 501/502/511/512
São Paulo / SP
Site: http://www.spsp.org.br
Telefone: (11) 3284-9809
ISSN: 1030582
Editor Chefe: NULL
Início Publicação: 31/12/1992
Periodicidade: Trimestral
Área de Estudo: Medicina

Desvios posturais em escolares de uma cidade do Sul do Brasil/ Postural deviations of students in Southern Brazil

Ano: 2013 | Volume: 31 | Número: 2
Autores: R. C. Bueno, R. R. Rech
Autor Correspondente: R. C. Bueno | [email protected]

Palavras-chave: saúde escolar; saúde do adolescente; coluna vertebral; postura/ school health; adolescent health; spine; posture.

Resumos Cadastrados

Resumo Português:

Objetivo: Verificar a prevalência de desvios posturais do
tronco (hiperlordose lombar, hipercifose dorsal e escoliose)
em escolares de oito a 15 anos da rede municipal de ensino
de Caxias do Sul, Rio Grande do Sul, Brasil.
Método: Avaliaram-se 864 estudantes, por meio de um
estudo transversal. As variáveis estudadas foram análise postural do tronco por inspeção visual; índice de massa corpórea
(peso e altura); peso da mochila (balança digital); a forma como
os escolares transportavam o material escolar (questionário);
sexo e idade. Foi utilizada estatística descritiva e bivariada,
representada por razão de prevalência e intervalo de confiança.
Resultados: As prevalências de desvios posturais observadas
foram de 16,6% para hipercifose dorsal, 27,9% para hiperlordose
lombar e 33,2% para atitude escoliótica. A idade de oito a 12 anos
apresentou-se como fator de risco para hiperlordose lombar. Os
escolares pertencentes a tal faixa etária demonstraram 3,41 vezes
mais chance de ter o desfecho em questão. Para a hipercifose dorsal,
a mesma idade mostrou-se como fator de proteção. Os estudantes
8-12 anos tiveram 52% menos chances de desenvolver hipercifose
dorsal. O sexo feminino apresentou 47% menos chances de ter hipercifose dorsal em relação ao masculino. A atitude escoliótica não
apresentou associação significativa com as variáveis independentes.
Conclusões: Os achados confirmam a necessidade de intervenções por parte dos profissionais de saúde e educação, buscando corrigir hábitos inadequados de postura corporal, os quais,
com o tempo, podem se agravar e causar danos irreversíveis.



Resumo Inglês:

Objective: To verify the prevalence of trunk postural
deviations (lumbar hyperlordosis, dorsal kyphosis, and scoliosis) in scholars aged eight to 15 years-old from the city
schools of Caxias do Sul, Southern Brazil.
Method: A total of 864 students were evaluated in a crosssectional study. The variables studied were trunk postural
rating by visual inspection; body mass index (weight and
height); backpack weight on digital scale and how students
used to carry the school supplies (questionnaire); gender;
and  age. Descriptive and bivariate statistics (prevalence
ratio and confidence interval) were applied.
Results: The prevalence of postural deviations was
16.6% for dorsal kyphosis, 27.9% for lumbar hyperlordosis, and 33.2% for scoliosis. The ages of eight to 12
years-old were a risk factor for lumbar hyperlordosis,
tripling the chances of this outcome (3.41 prevalence
ratio). The same age was a protective factor for dorsal
kyphosis. Scholars of this age group presented 52% less
chances for dorsal kyphosis. The female gender had 47%
less chances of having dorsal kyphosis than males. Scoliotic attitude did not show significant association with
the independent variables.
Conclusions: These findings confirm the need for interventions by health and education professionals, seeking to
correct bad postural habits, which could in the future cause
irreversible damages.



Resumo Espanhol:

Objetivo: Verificar la prevalencia de desvíos posturales
del tronco (hiperlordosis lumbar, hipercifosis dorsal y escoliosis) en escolares de ocho a 15 años de la red municipal
de enseñanza de Caxias do Sul, Rio Grande do Sul, Brasil.
Método: Se evaluaron 864 estudiantes mediante un estudio transversal. Las variables analizadas fueron evaluación
postural del tronco por inspección visual; índice de masa
corporal (peso y altura); peso de la mochila (balanza digital);
la forma cómo los escolares transportaban el material escolar
(cuestionario); sexo y edad. Se utilizó estadística descriptiva
y bivariada, que fue representada en razón de prevalencia e
intervalo de confianza.
Resultados: Las prevalencias de desviaciones posturales
observadas fueron de 16,6% para la hipercifosis dorsal,
27,9% para la hiperlordosis lumbar y 33,2% para la actitud escoliótica. La edad de ocho a 12 años se presentó como
factor de riesgo para hiperlordosis lumbar. Los escolares
pertenecientes a esa franja de edad demostraron más que el
triple de chances de tener el desfecho en cuestión (razón de
prevalencia igual a 3,41). Para la hipercifosis dorsal, la misma
edad se mostró como factor de protección. Los estudiantes de
la misma franja de edad tuvieron el 52% menos posibilidades
de desarrollar hipercifosis dorsal (razón de prevalencia igual a
0,48). El sexo femenino presentó el 47% menos posibilidades
de tener hipercifosis dorsal respecto al masculino (razón de
prevalencia igual a 0,53). La actitud escoliótica no presentó
asociación significativa con las variables independientes.
Conclusiones: Los hallazgos confirman la necesidad
de intervenciones por parte de los profesionales de salud y
educación, buscando corregir hábitos inadecuados de postura
corporal, los que con el tiempo pueden agravarse y causar
daños irreversibles.
Palabras clave: salud escolar; salud del adolescente;
columna vertebral; postura.