Deterioração da madeira de Eucalyptus spp. por fungos xilófagos

Cerne

Endereço:
Departamento de Ciências Florestais, Universidade Federal de Lavras, Caixa Postal 3037
Lavras / MG
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Site: http://www.dcf.ufla.br/cerne
Telefone: (35) 3829-1706
ISSN: 1047760
Editor Chefe: Gilvano Ebling Brondani
Início Publicação: 31/05/1994
Periodicidade: Trimestral

Deterioração da madeira de Eucalyptus spp. por fungos xilófagos

Ano: 2014 | Volume: 20 | Número: 3
Autores: Luciana Ferreira da Silva, Juarez Benigno Paes, Waldir Cintra de Jesus Junior, José Tarcísio da Silva Oliveira, Edson Luiz Furtado, Fábio Ramos Alves
Autor Correspondente: Juarez Benigno Paes | [email protected]

Palavras-chave: fungos apodrecedores, ensaios biológicos, análise química

Resumos Cadastrados

Resumo Português:

Conduziu-se esta pesquisa, com o objetivo de avaliar a capacidade de deterioração de fungos isolados de madeiras de Eucalyptus spp. e realizar a análise química da madeira deteriorada, para verificar quais dos seus componentes sofreram maiores alterações em consequência do ataque. O experimento foi conduzido no Laboratório de Biodeterioração da Madeira, Departamento de Ciências Florestais e da Madeira, Centro de Ciências Agrárias, Universidade Federal do Espírito Santo, no município de Jerônimo Monteiro, ES. Doze fungos foram utilizados, destes, nove foram provenientes de culturas puras isoladas a partir de fragmentos de cepas de madeiras de eucalipto deterioradas, coletadas em três localidades distintas, e três culturas puras com reconhecida capacidade de deterioração que foram utilizadas como padrão de comparação. Dos fungos testados, os Basidiomiceto 1 e Basidiomiceto 2 exibiram boa capacidade de deterioração da madeira de Eucalyptus spp. O cerne de eucalipto teve maior resistência natural que o alburno, mas os fungos foram capazes de degradar ambas as madeiras. De modo geral, houve um incremento no teor de extrativos totais na madeira deteriorada (cerne e alburno), para os Basidiomiceto 1 e Basidiomiceto 2. Nas madeiras de cerne de Eucalyptus grandis houve decréscimo no teor de extrativos para ambos Basidiomicetos. Com relação à holocelulose (celulose + hemiceluloses), ocorreram pequenas diferenças entre as madeiras sadias e deterioradas (variações médias em torno de 1%). Dos fungos testados, o Basidiomiceto 2 causou maior degradação da lignina quando comparado ao Basidiomiceto 1.



Resumo Inglês:

This research aimed to test the deteriorating ability of fungi isolated from Eucalyptus spp. wood and perform chemical analysis of wood deteriorated, to verify which components of wood suffered major changes in the light of the attack. The experiment was conducted in the Laboratório de Biodeterioração da Madeira, Departamento de Ciências Florestais e da Madeira, Centro de Ciências Agrárias, Universidade Federal do Espírito Santo in the municipality of Jerônimo Monteiro, ES, Brazil. A total of 12 fungi were used, and nine of these came from pure cultures isolated from fragments of stumps of eucalypt woods deteriorated, collected in three distinct locations, and three with recognized capacity of deterioration that were used as the standard of comparison. The Basidiomycetous fungi 1 and 2 showed high capacity of deterioration of Eucalyptus spp. The heartwood of eucalypt showed a greater natural resistance than the sapwood, but the fungi were able to degrade both them. In general, there were, an increase in the content of extractives in wood damaged (heartwood and sapwood), for Basidiomycetous 1 and Basidiomycetous 2. The heartwood of Eucalyptus grandis there was a decrease in extractives content for both Basidiomycetes. To the holocelulose (cellulose and hemicelluloses), there were small differences between the healthy and damaged wood (mean variations around 1 %). The Fungi, Basidiomycetous 2 caused a greater degradation of lignin as compared to the Basidiomycetous 1.