Contextualização:
A doença pulmonar obstrutiva crônica (DPOC) normalmente cursa com condições clÃnicas caracterÃsticas de exacerbação e, quanto maior o número delas, maior é a ocorrência de perda funcional e, consequentemente, menores são as chances de sobrevida dos pacientes.
Objetivos:
Determinar os preditores de exacerbação, isoladamente ou em interação, em pacientes com DPOC em tratamento fisioterapêutico ao longo de seis meses.
Método
: Trata-se de um estudo observacional, longitudinal e prospectivo, no qual foram avaliados 63 pacientes com DPOC estágios II e III, do municÃpio de São Carlos, SP, Brasil, inseridos em um programa fisioterapêutico, por meio de três perÃodos de avaliação ao longo de seis meses, quanto à ocorrência de exacerbação, bem como quanto ao Ãndice de massa corpórea (IMC), massa magra (MM), Ãndice de massa magra (IMM), volume expiratório forçado no primeiro segundo (VEF1), dispneia, distância percorrida (DP) no teste de caminhada de seis minutos (TC6) e força de preensão palmar.
Resultados:
Ao aplicar os ajustes de Cox com cada uma das covariáveis separadamente, observou-se significância de 5% apenas para a DP no TC6, a qual demonstrou interação com o IMC e também com a MM. Na comparação dos três perÃodos de avaliação quanto à s covariáveis avaliadas, observou-se diferença significativa apenas para a DP entre as avaliações do 3º e 6º mês.
Conclusão:
Ao longo de seis meses de acompanhamento dos pacientes com DPOC quanto aos preditores de risco, pode-se observar que a DP no TC6 é um determinante no risco de exacerbação, no entanto depende das covariáveis IMC e MM.
Palavras-Chave: DPOC; esforço fÃsico; fisioterapia; sobrevivência; reabilitação
Background:
Chronic obstructive pulmonary disease (COPD) typically presents the characteristic clinical condition of exacerbation, with more intense symptoms associated with greater functional loss and consequently lower chances of patient survival.
Objectives:
This study sought to determine the predictors of exacerbation, alone or in combination, in patients with chronic obstructive pulmonary disease (COPD) who received physical therapeutic treatment over 6 months.
Method:
This was an observational, longitudinal and prospective study in which 63 COPD patients residing within the municipality of São Carlos, SP, Brazil were evaluated. These patients had COPD stages II and III and were entered into a physical therapy program, consisting of 3 periods of assessment over 6 months. We evaluated the occurrence of acute exacerbation as well as the patients' body mass index (BMI), fat-free mass (FFM), fat-free mass index, forced expiratory volume in 1 second (FEV1), dyspnea, distance walked (DW) in the 6-minute walk test (6MWT) and handgrip strength.
Results:
When applying Cox settings with each covariate separately, the results revealed 5% significance only for the DW in the 6MWT, which demonstrated an interaction between BMI and FFM. Comparison of the 3 periods of assessment across the covariates measured showed a significant difference only for the DW between evaluations in the 3rd and 6th months.
Conclusion:
Upon analyzing the predictors of risk over 6 months of follow-up in patients with COPD, we found that the DW in the 6MWT was associated with the risk of exacerbation, although this risk also depended on the covariates BMI and FFM.
Key words: COPD; physical exertion; physical therapy; survival; rehabilitation