Nosso objetivo com esta pesquisa é evidenciar questões que permeiam o cotidiano das pessoas travestis, atentando de maneira mais precisa para os processos de estigmatização, violência e marginalização a que são submetidos. O Brasil lidera o ranking mundial de assassinato de pessoas travestis, sendo a parcela da população LGBT que mais sofre assassinatos com requintes de crueldade. Essa constatação, por si só, se apresenta como razão suficiente para se repensar em políticas públicas direcionadas a essa população tão vulnerável, fortalecendo, com isso, a luta por reconhecimento, cidadania, direitos civis, bem como a criminalização e tipificação dos crimes de ódio. Nosso trabalho se dividirá em dois momentos: primeiro, acompanhar três travestis da cidade de Novo Horizonte – SP no período de trinta dias por meio de observação direta e, segundo, a partir daí, realizar um estudo de caso. Visamos, com essa metodologia, colocar suas vozes para dialogarem com a realidade social e permitir que elas falem por elas mesmas, uma vez que, historicamente foram invizibilidas e silenciadas.