A toxoplasmose aguda é uma doença que se apresenta, geralmente, com curso benigno, embora o risco de sua transmissão fetal, com consequentes lesões e abortamento, assuma grande importância quando adquirida durante a gestação. Como a infecção na gestante é assintomática na maioria dos casos, o diagnóstico frequentemente depende de testes laboratoriais. A presente revisão tem como objetivo uma abordagem atualizada da toxoplasmose durante a gestação, embasada em evidências científicas, mostrando as principais formas de diagnóstico em gestantes portadoras da infecção pelo T. Gondii bem como do concepto. Os exames sorológicos que detectam anticorpos da classe IgM, presentes nas infecções recentes, são os mais utilizados para diagnóstico de toxoplasmose aguda, porém, os métodos mais modernos detectam quantidades mínimas por mais de um ano após a infecção inicial (IgM residual). O diagnóstico da infecção fetal é primordial para a instituição do tratamento intrauterino de forma a minimizar as complicações para a vida extrauterina.
Acute toxoplasmosis is a disease that usually presents with a benign course, although the risk of its fetal transmission, with consequent injuries and miscarriage, is of great importance when acquired during pregnancy. Since infection in pregnant women is asymptomatic in most cases, diagnosis often depends on laboratory tests. This review aims at an updated approach to toxoplasmosis during pregnancy, based on scientific evidence, showing the main forms of diagnosis in pregnant women with T. gondii infection as well as the conceptus. Serological tests for IgM class antibodies present in recent infections are the most commonly used for diagnosis of acute toxoplasmosis, but the most modern methods detect minimal amounts for more than one year after initial infection (residual IgM). The diagnosis of fetal infection is paramount for the institution of intrauterine treatment in order to minimize complications for extrauterine life.