A dialética negativa de Theodor Adorno contra o idealismo absoluto de Hegel

Anãnsi: Revista de Filosofia

Endereço:
Rua Silveira Martins - 2555 - Cabula
Salvador / BA
41150000
Site: https://revistas.uneb.br/index.php/anansi/index
Telefone: (71) 9101-6349
ISSN: 2675-8385
Editor Chefe: Flávio Rocha de Deus
Início Publicação: 13/09/2020
Periodicidade: Semestral
Área de Estudo: Ciências Humanas, Área de Estudo: Filosofia

A dialética negativa de Theodor Adorno contra o idealismo absoluto de Hegel

Ano: 2020 | Volume: 1 | Número: 1
Autores: C. J. Rocha
Autor Correspondente: C. J. Rocha | [email protected]

Palavras-chave: Dialética Negativa, T. W. Adorno, Idealismo alemão, Teoria crítica, Hegel

Resumos Cadastrados

Resumo Português:

Este artigo apresenta e discute a crítica de Theodor Adorno ao idealismo absoluto de Hegel, contida na introdução à Dialética Negativa, focando nos argumentos adornianos contra o amordaçamento da dialética na positividade. Adorno considera que é na subversão da natureza afirmativa da dialética que se pode chegar a uma determinação que não seja mera abstração, mas que alcance definitivamente o filosofar concreto. Dividido em duas partes, o artigo inicia discutindo o trânsito da dialética afirmativa à dialética negativa e depois de apontar os principais pontos de objeção ao idealismo hegeliano, alcança, na segunda parte, o principal fundamento da Dialética Negativa que é a aposta em uma lógica do não-idêntico. Finaliza destacando o aspecto prático da proposição adorniana, que consiste em uma filosofia que não cultive a dicotomia teoria x práxis, pois que a práxis é compreendida como o território, não apenas dos fazeres, mas também do pensamento, que institui realidade aos fatos sociais.



Resumo Francês:

Cet article présente et discute la critique de Theodor Adorno de l'idéalisme absolu de Hegel, contenue dans l'introduction à la dialectique négative, en se concentrant sur les arguments adorniens contre le emprisonnement de la dialectique dans la positivité. Adorno considère que c'est dans la subversion de la nature affirmative de la dialectique qu'il est possible de parvenir à une détermination qui n'est pas une simple abstraction, mais qui atteint définitivement la philosophie concrète. Divisé en deux parties, l'article commence par discuter du passage de la dialectique affirmative à la dialectique négative et après avoir souligné les principaux points d'objection à l'idéalisme hégélien, il atteint, dans la deuxième partie, le fondement principal de la dialectique négative qui est le pari d'une logique de nonidentité. Il conclut en soulignant l'aspect pratique de la proposition adornienne, qui consiste en une philosophie qui ne cultive pas la dichotomie théorie x praxis, puisque la praxis est comprise comme le territoire, non seulement des actions, mais aussi de la pensée, qui établit la réalité des faits sociaux.