A proposta deste artigo é refletir sobre o modo como alguns exemplares do
fotojornalismo tematizam as situações de sofrimento construindo uma espécie de
releitura, a partir de uma relação muito próxima com certos elementos do melodrama.
Compartilhando da concepção de “imaginação melodramática†de Peter Brooks (1995),
que entende seu conceito para além da delimitação de um gênero ou da simples fixação
de um modelo sistemático de narrativa, mas como um “modo de ver e experimentar o
mundoâ€, o texto indica aspectos desta relação entre fotojornalismo e melodrama, na qual
a figuração das personagens e sua ênfase nas histórias privadas assumem um
tratamento tanto especÃfico quanto especial nos veÃculos. Esta aproximação, contudo,
além de solicitar um engajamento afetivo do olhar propõe, ao espectador, uma
demarcação moral no modo como experimenta estas imagens.
This paper purpose to reflect about how some exemples from the photojournalism today
treat the suffering situations to construct a reading using aspects from melodrama.
Sharing the conception “melodramatic imagination†from Peter Brooks (1995) that it
understands its concepts stops beyond the delimitation of a sort or of the simple setting
of a systematic model of narrative, but as a “way to see and to try the worldâ€, this text
indicates aspects of the relation between photojournalism and melodrama, in wich the
figures of the personages and its emphasis in their private histories in such a way
assume how much special and especific treatment in these vehicles. This approach,
however, beyond requesting an affective engagement of the look considers, to the
spectator, a moral landmark in the way as it tries these images