O presente artigo traz a hipótese de que o cinema contemporâneo é um cinema impuro e, a partir disso, traça um diálogo com diversos teóricos, em especial com o historiador Aby Warburg. No intuito de procurar entender melhor o que é essa impureza, o artigo se lança em diversas indagações acerca da noção de imagem cinematográfica e do cinema enquanto arte do tempo. Baseando-se nessa discussão, olhamos para a impureza do filme Cães Errantes e sua ponte com o primeiro cinema.