A diatomácea potencialmente tóxica Pseudo-nitzschia H. Peragallo no Paraná e Santa Catarina, Sul do Brasil

Iheringia Série Botânica

Endereço:
Rua Dr. Salvador França 1427 Porto Alegre
Porto Alegre / RS
90690-000
Site: http://isb.emnuvens.com.br/iheringia/about/contact
Telefone: (51) 3320-2000
ISSN: 0073-4705
Editor Chefe: Lezilda Carvalho Torgan
Início Publicação: 31/12/2003
Periodicidade: Semestral
Área de Estudo: Botânica

A diatomácea potencialmente tóxica Pseudo-nitzschia H. Peragallo no Paraná e Santa Catarina, Sul do Brasil

Ano: 2010 | Volume: 65 | Número: 1
Autores: Luciano F. Fernandes, Frederico Pereira Brandini
Autor Correspondente: L.F.Fernandes, F.P.Brandini | [email protected]

Palavras-chave: Pseudo-nitzschia, taxonomia, ácido domóico, sul do Brasil

Resumos Cadastrados

Resumo Português:

Um levantamento taxonômico da diatomácea Pseudo-nitzschia H. Peragallo foi realizado com base em amostras coletadas no Paraná e Santa Catarina, sul do Brasil. As amostras foram coletadas mensalmente em diversos pontos em arrastos verticais do fundo a superfície. Após observações em microscopia eletrônica, cinco espécies foram encontradas: P. australis Frenguelli, P. calliantha Lundholm, Moestrup & Hasle, P. linea Lundholm, Hasle & G. A. Fryxell, P. multiseries (Hasle) Hasle e P. pungens (Grunow ex Cleve) Hasle, além da variedade P. pungens var. cingulata Villac. As espécies P. calliantha e P. multiseries foram confi rmadas como tóxicas, e ocorreram em densidades elevadas nas amostras analisadas, aumentando a preocupação quanto ao risco de contaminação dos moluscos utilizados comercialmente na região. Variabilidade significativa ocorreu quanto à estrutura da valva em P. calliantha e P. pungens, em alguns casos confirmadas na literatura, e sugerindo a possível presença de espécies semicrípticas. Em P. calliantha dois morfótipos foram bastante conspícuos, diferenciados pela largura da valva, número de poróides por estria, e forma da valva. P. linea é nova citação para o Brasil, e P. pungens var. cingulata é inédita para o Atlântico Sul Ocidental. Investigações futuras utilizando técnicas de biologia molecular poderão esclarecer se a variabilidade genética corresponde á variação morfológica observada e desvendar a presença de espécies semicrípticas nas populações de Pseudo-nitzschia no Sul do Brasil.