Diferenças entre as falas feminina e masculina no Karajá e em outras línguas brasileiras: aspectos tipológicos

LIAMES

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ISSN: 2177-7160
Editor Chefe: Angel Corbera Mori
Início Publicação: 01/01/2001
Periodicidade: Anual
Área de Estudo: Linguística, Letras e Artes, Área de Estudo: Linguística

Diferenças entre as falas feminina e masculina no Karajá e em outras línguas brasileiras: aspectos tipológicos

Ano: 2004 | Volume: 4 | Número: 1
Autores: Borges, Mônica Veloso
Autor Correspondente: Mônica Veloso Borges | [email protected]

Palavras-chave: Línguas brasileiras, Língua karajá, Gêneroletos, Empréstimos

Resumos Cadastrados

Resumo Português:

O Karajá (Família Karajá) é falado por aproximadamente dois mil indígenas (em Goiás, Mato Grosso e Tocantins). Essa língua possui distinções, conforme o sexo do falante, no nível fonético-fonológico, as quais foram descritas por Borges (1997), tais como: a) distinções no ataque de uma ou duas sílabas; b) diferenças no ataque e no núcleo de uma sílaba medial; e c) diferença nos segmentos que compõem as sílabas. As distinções entre as falas do homem e da mulher podem ser encontradas também em empréstimos tomados ao português. Nesse trabalho são apresentadas essas diferenças e são discutidos dados de outras línguas brasileiras, tais como Xavante (também Macro-Jê). A conclusão é que as diferenças entre as falas, no Karajá, parecem ser distintas das que ocorrem em outras línguas brasileiras, que, quando manifestam esse fenômeno, têm distinções mais marcadas no nível morfossintático, como o Kamayurá e o Kokáma (ambas da Família Tupi-Guarani), e em Xavante.



Resumo Inglês:

La lengua Karajá (familia Karajá) es hablada por aproximadamente dos mil indígenas (en Goiás, MatoGrosso e Tocantins). Esa lengua tiene posee distinciones, según el sexo del hablante, en el nivelfonético-fonológico, las cuales fueron descriptas por Borges (1997), tales como: a) distinciones enel ataque de una o dos sílabas; b) diferencias en el ataque y en el núcleo de una sílaba medial; y c)diferencia en los segmentos que componen las sílabas. Las distinciones entre el habla del hombre y dela mujer pueden encontrarse también en préstamos tomados al Portugués. En ese trabajo sonpresentadas esas diferencias y son discutidos datos de otras lenguas brasileñas, tales como Xavante(Macro-Jê). La conclusión es que las diferencias entre las hablas, en Karajá, parecen ser distintas delas que ocurren en otras lenguas indígenas brasileñas que, cuando manifiestan ese fenómeno, tienendistinciones más marcadas en el nivel morfo-sintáctico, como es el caso del Kamayurá y del Kokáma(ambas, Família Tupi-Guarani), y en Xavante.