Diferenciação camponesa na Depressão Sertaneja Semi-Árida do Ceará

REVISTA NERA

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ISSN: 1806-6755
Editor Chefe: Eduardo Paulon Girardi
Início Publicação: 30/06/1998
Periodicidade: Semestral
Área de Estudo: Geografia

Diferenciação camponesa na Depressão Sertaneja Semi-Árida do Ceará

Ano: 2009 | Volume: 0 | Número: 15
Autores: D. L. VIDAL, J. V. O. ALENCAR
Autor Correspondente: D. L. VIDAL | [email protected]

Palavras-chave: campesinato, dinâmica camponesa, semi-árido, Depressão Sertaneja Cearense.

Resumos Cadastrados

Resumo Português:

Analisaram-se os impactos provocados por determinados componentes do padrão
tecnológico adotado pela agricultura brasileira, sobre as relações sociais de produção em
Unidades Familiares (UFs) rurais da Depressão Sertaneja no semi-árido do Ceará. 96
UFs foram diferenciadas a partir de dados originais no tocante à composição e
produtividade do fator trabalho e do nível de mecanização. Como resultados sobressaem:
(i) presença da força de trabalho assalariado sazonal, em todas as UFs rurais,
excetuando-se as da Comunidade de Tapera e (ii) a maioria das UFs apresentaram baixo
índice de mecanização. Assim, as UFs de Tapera, Queimadas e Lustal II se constituíram
nas que sofreram menores transformações internas do trabalho familiar, relacionadas às
variáveis de baixa mecanização, caracterizando-se assim, como camponesas. Essas UFs
podem servir de base para a (re)estruturação de um modelo alternativo de
desenvolvimento, contrário à racionalidade globalizadora. A alta intensificação de seu
fator trabalho, indicando sua máxima mobilização aliada à baixa dependência da
mecanização e importante presença de jovens, permite vislumbrar que ainda controlam
recursos desse sistema agrário marginal e ameaçado, convidando para sua restauração e
aperfeiçoamento.