A dinâmica da atividade agropecuária brasileira orientou a produção em larga escala para o mercado nacional e internacional nas últimas décadas. A sojicultura brasileira é destaque no mercado internacional de produtos agropecuários. A entronização de tecnologia de ponta no setor permitiu a elevação acentuada da produtividade. Porém, é pertinente enfatizar as transformações vivenciadas pela força de trabalho. Diante disso, é pretensão deste artigo analisar o mercado de trabalho e sua dinâmica no cultivo de soja em anos recentes. Os dados são da Relação Anual de Informações Sociais (RAIS) e do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (CAGED) do Ministério do Trabalho e do Emprego (MTE). O recorte temporal compreendem os anos de 2007 a 2011. Metodologicamente, recorre-se a uma revisão de literatura e em seguida a construção das taxas de criação/destruição de postos de trabalho. Os principais resultados indicam que o Nordeste se destaca com a maior taxa de crescimento de ocupados no cultivo de soja, com variação de 61,75%, bem como com as maiores taxas de criação lÃquida tanto no primeiro quanto no último ano analisado, sendo elas de 0,54 e 0,16, respectivamente, mesmo com redução acentuada do primeiro para o último biênio. Além disso, o microestabelecimento participou intensamente na ocupação majoritária de mão de obra, mesmo apresentando a menor variação entre os estabelecimentos. A participação masculina é sobremaneira acentuada, já que respondia por 88,4% dos ocupados no primeiro e eleva-se para 87,0% no último biênio. Além disso, registrou-se elevada participação de trabalhadores pertencentes à s primeiras faixas etárias. Em relação à taxa de criação lÃquida de postos de trabalho, os principais resultados revelam a melhor performance para jovens com idade de até 24 anos, em ambos os recortes temporais estudados. A escolaridade intermediária foi preponderante no que se refere à s taxas de criação lÃquida, já que as melhores delas foram verificadas para aqueles com ensino médio e superior nos dois anos em tela. Adicionalmente, foi constatada criação lÃquida de postos de trabalho acentuadamente elevada para aqueles que auferiam rendimentos nas primeiras faixas salariais, uma vez que as taxas de criação lÃquida foram positivas apenas para as faixas que remuneravam até 1,0 e mais de 1,0 e até 2,0 salários mÃnimos nos anos em observação.
The dynamics of the Brazilian agricultural activities directed to large-scale production for the domestic and international market in recent decades. The Brazilian soybean production is featured in the international market of agricultural products. The high-tech enthronement in the sector allowed the sharp rise in productivity. However, it is pertinent to emphasize the transformations experienced by the workforce. Therefore, it is intention of this article to analyze the labor market and its dynamics in soybean cultivation in recent years. The data are from the Annual Social Information (RAIS) and the General Register of Employed and Unemployed (CAGED) of the Ministry of Labor and Employment (MTE). The time frame comprise the years 2007 to 2011. In terms of methodology, we make use of a literature review and then the construction of creation rates / destruction of jobs. The main results indicate that the Northeast stands out with the highest growth rate of employed in the cultivation of soybeans, with change of 61.75%, and with the largest net creation rates either the first or the last year analyzed, which were 0.54 and 0.16, respectively, even with a significant reduction from the first to the last biennium. In addition, the microestabelecimento participated actively in the major occupation of manpower, even with the smallest variation between establishments. Male participation is greatly accentuated, as accounted for 88.4% of the employed in the first and rises to 87.0% in the last biennium. In addition, there was high participation of workers belonging to the first age groups. In relation to the rate of net creation of jobs, the main results show the best performance for young people aged up to 24 years, at both time clippings studied. The middle school was leading in terms of the net creation rate, since the best of them were verified for those with secondary and higher education in the two years in screen. Additionally, the net creation of jobs markedly higher for those who had an income in the first salary ranges was observed, since the net creation rates were positive only for the tracks remunerated to 1.0 and 1.0, and even more 2.0 minimum wages in the years under observation.
