A DINÂMICA TERRITORIAL DO AGRONEGÓCIO CANAVIEIRO E O ZONEAMENTO AGROECOLÓGICO DA CANA-DE-AÇÚCAR: NOTAS PARA UM DEBATE

Campo-território

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ISSN: 18096271
Editor Chefe: João Cleps Junior
Início Publicação: 31/01/2006
Periodicidade: Semestral
Área de Estudo: Geografia

A DINÂMICA TERRITORIAL DO AGRONEGÓCIO CANAVIEIRO E O ZONEAMENTO AGROECOLÓGICO DA CANA-DE-AÇÚCAR: NOTAS PARA UM DEBATE

Ano: 2010 | Volume: 5 | Número: 10
Autores: Marcos Antonio de Souza
Autor Correspondente: Marcos Antonio de Souza | [email protected]

Palavras-chave: agronegócio canavieiro, zoneamento agroecológico, renda da terra, impactos socioambientais, disputas territoriais

Resumos Cadastrados

Resumo Português:

Partindo-se da premissa de que a crescente expansão do agronegócio canavieiro após a
década de 1970 provocou uma série de impactos socioambientais no espaço agrário
brasileiro, a perspectiva de uma expansão ainda maior pela atual conjuntura nacional e
internacional aponta para um proporcional intensificação desses impactos. Assim, na
medida em que o agronegócio canavieiro se expande pelo país, ocorreria um aumento
proporcional da concentração fundiária, das disputas territoriais com a produção
agroalimentar, além da superexploração da força de trabalho empregada nos canaviais.
Portanto, o governo brasileiro engendrou em 2009 o Zoneamento Agroecológico da
Cana-de-Açúcar, cujo objetivo seria ordenar a produção canavieira no território
brasileiro, de modo a se converter em um instrumento capaz de demonstrar a opinião
pública nacional e internacional a pretensa sustentabilidade do agronegócio canavieiro
nacional. Nesse contexto, o objetivo deste artigo é analisar o zoneamento implementado
pelo governo federal sob a ótica da lógica de localização geográfica do agronegócio
canavieiro, orientada pelo auferimento da renda da terra, demonstrando que esta política
de ordenamento territorial não conseguirá mitigar os impactos socioambientais inerentes
a produção desses agrocombustível sob os moldes do agronegócio.



Resumo Francês:

Basado en la premisa de que la creciente expansión del agronegocio cañero después de
la década de 1970 llevó a varios impactos socioambientales en el espacio agrário
brasileño, la perspectiva de una expansión aún mayor por la actual conyuntura nacional
y internacional apunta para uma proporcional intensificación de esos impactos. Así, a la
medida en que el agronegócio cañero se expande por el país, se aumentaria
proporcionalmente la concentración fundiária, las diputas territoriales con la producción
agroalimentária, sin contar con la superexplotación de la fuerza de trabajo empleada en
los cañaverales. Por lo tanto, el gobierno brasileño engendró en el 2009 el Zoneamiento
Agroecológico de la Caña de Azúcar, cuyo objectivo sería reordenar la producción
cañera en el território brasileño, de forma a se convertir en un instrumento capaz de
demonstrar a la opinión pública nacional y internacional la pretensa sostenibilidad del
agronegocio sucroalcoholero nacional.En ese contexto,lo objectivo de ese artículo es
analizar el zoneamiento implementado por el gobierno brasileño bajo la optica de la
lógica de la localización geográfica del agronegócio cañero, orientada por la renta de la
tierra, demonstrando que esa política pública no conseguirá mitigar los impactos
socioambientales inherentes a la producción de esse agrocombustible bajo los moldes
del agronegocio.