Ao assumir o poder em 284 d. C., o imperador Diocleciano tinha como função precípua restaurar a unidade do sistema político romano, gravemente comprometida pela crise do século III d. C. Para tanto, tendo em vista a diversidade entre as províncias orientais e ocidentais e o declínio da importância política de Roma e da Itália, implantou em 286 d. C. a tetrarquia, sistema que subsistiu até 293 d.C.. Este sistema buscava conciliar a exigência da unidade do império com a necessidade de rápidas intervenções nos dois extremos mediante a atuação de dois Augusti, um no Ocidente e outro no Oriente e dois Caesares nomeados como seus colaboradores e eventuais sucessores. Tal divisão administrativa não acarretou a separação do império, o qual permaneceu único, sob o comando supremo de Diocleciano.