A violência no Brasil apresenta números impressionantes. Ela caracteriza-
se como um fenômeno essencialmente urbano que atinge principalmente
homens jovens, negros e pobres. Este artigo reflete sobre sua relação com a cidade. A cidade brasileira, no contexto de um capitalismo periférico, apresenta-se com um espaço segregado, desigualmente desenvolvido, onde as políticas públicas de promoção de direitos são igualmente desiguais e os investimentos regressivos. O artigo aponta a existência de dois circuitos da economia, um superior e outro inferior, que resulta em duas cidades desiguais, mas articuladas entre si. Essas duas cidades, dentro de uma só realidade, representam dois paradigmas: o da cidade-mercado e o da cidade-direito. No primeiro, o habitante é visto como cliente consumidor e no segundo como cidadão portador de direitos.
Esta cidade segregada e desigual apresenta espaços onde a violência também se apresenta desigualmente. Por fim, o artigo apresenta o conceito de Direito à Cidade como utopia de uma cidade integrada socialmente e não violenta.
Cidade. Violência. Direito à cidade.
Cidade. Violência. Direito à cidade.