Diretrizes clínicas para cessação do tabagismo: análise comparativa com o agree ii

Revista Brasília Médica

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Telefone: (61) 2195-9710
ISSN: 2236-5117
Editor Chefe: Eduardo Freire Vasconcellos
Início Publicação: 01/09/1967
Periodicidade: Anual
Área de Estudo: Ciências da Saúde, Área de Estudo: Enfermagem, Área de Estudo: Medicina, Área de Estudo: Saúde coletiva

Diretrizes clínicas para cessação do tabagismo: análise comparativa com o agree ii

Ano: 2022 | Volume: 59 | Número: Não se aplica
Autores: Alice Paiva da Costa, Barbara Manuella Cardoso Sodré Alves, Dayde Lane Mendonça da Silva, Ricardo Luiz de Melo Martins, Francilene Amaral da Silva, Ivan Ricardo Zimmermann1, Rafael Santos Santana
Autor Correspondente: Karina Díaz Leyva de Oliveira | [email protected]

Palavras-chave: CESSAÇÃO DO TABAGISMO, GUIAS DE PRÁTICA CLÍNICA, PROMOÇÃO DE SAÚDE, ESTUDO COMPARATIVO

Resumos Cadastrados

Resumo Português:

OBJETIVO: Este estudo tem como objetivo avaliar o perfil de tratamento proposto e o rigor metodológico das diretrizes clínicas brasileiras e internacionais para cessação do tabagismo.
MÉTODOS: Após a identificação das diretrizes por meio de uma busca sistemática na literatura, o instrumento AGREE II foi utilizado para observar os padrões qualitativos e julgar a qualidade da elaboração compreendendo seis domínios: (i) Escopo e propósito, (ii) Envolvimento das partes interessadas, (iii) Rigor de desenvolvimento, (iv) Clareza de apresentação, (v) Aplicabilidade e (vi) Independência editorial.
RESULTADOS: 15 diretrizes foram incluídas no estudo, dentre elas, duas brasileiras. As diretrizes brasileiras geralmente privilegiam as terapias não farmacológicas como padrão, mas não fornecem tratamento farmacológico isolado se o paciente desejar. As diretrizes internacionais, no entanto, tendem a valorizar a abordagem combinada. A diretriz do Ministério da Saúde obteve a menor pontuação em rigor de desenvolvimento – apenas 20% na análise AGREE II. As diretrizes brasileira e asiática também tiveram as menores pontuações de “independência editorial”. Ao final da análise, sete diretrizes internacionais foram consideradas recomendadas.
CONCLUSÃO: As diretrizes brasileiras apresentaram limitações no rigor do desenvolvimento, reduzindo a confiabilidade; alguns aspectos específicos das terapias devem ser rediscutidos, pois podem afetar a atualização das condutas e a adesão ao tratamento.



Resumo Inglês:

OBJECTIVE: This study aims to assess the proposed treatment profile and methodological rigor of Brazilian and international clinical guidelines for smoking cessation.
METHODS: After identifying the guidelines through a systematic literature search, the AGREE II instrument was used to observe the qualitative standards and judge the quality of elaboration comprising six domains: (i) Scope and purpose, (ii) Stakeholders’ involvement, (iii) Rigor of development, (iv) Clarity of presentation, (v) Applicability and (vi) Editorial independence.
RESULTS: 15 guidelines were included in the study, among them, two Brazilian. Brazilian guidelines generally privilege non-pharmacological therapies as standard but do not provide isolated pharmacological treatment if the patient wishes so. International guidelines, however, tend to value the combined approach. The Ministry of Health guideline scored the lowest in development rigor – only 20% in the AGREE II analysis. The Brazilian and Asian guidelines also had the lowest “editorial independence” scores. At the end of the analysis, seven international guidelines were considered recommended.
CONCLUSION: The Brazilian guidelines had limitations in the rigor of development, reducing reliability; some specific aspects of therapies should be re-discussed as they may affect the updating of conducts and adherence to treatment.