Nosso artigo visa refletir sobre a relação entre as diretrizes políticas e os empreendimentos de uma empresa particular inseridos e direcionados para o contexto de segurança nacional, ou melhor, da constituição do Estado Nacional. Dentro disso, temos a atuação da Companhia de Viação São Paulo – Mato Grosso ocupando brechas e aproveitando-se de diretrizes governamentais que buscavam a modernização e o progresso do país a todo custo. Estariam como eixo dessas diretrizes a ocupação e colonização dos então chamados “sertões”, “oestes” ou espaços “vazios” brasileiros. Entre esses espaços “vazios”, a Companhia de Viação São Paulo – Mato Grosso atuou no extremo oeste do estado de São Paulo e no sul do antigo estado do Mato Grosso desenvolvendo atividades de navegação e de colonização. Para tanto, focaremos desde o surgimento dessa empresa em 1908 até quando sua atividade de navegação é transformada em autarquia federal em 1943, traçando em linhas gerais a história desses locais.
Our paper aims to reflect about the relationship between political guidelines of a private company targeted and inserted into the context of national security, or rather, into the constitution of the National State. In addition, we observe the performance of the Companhia de Viação São Paulo – Mato Grosso filling gaps and taking advantage of political guidelines that sought the modernization and progress of the country at all costs. The occupation and colonization of so-called "backlands", "west" or Brazilian "hollow" spaces are the axis of these guidelines. Among these "hollow" spaces, the Companhia de Viação São Paulo – Mato Grosso operated on the west end of the state of São Paulo and on the south of the former state of Mato Grosso developing sailing activities and colonization. Therefore, our focus ranges from the formation of the company in 1908 until 1943, when the sailing activity is turned into a federal agency, tracing the history of those places.