A DISCIPLINA MILITAR COMO ESCUSA DE CONSCIÊNCIA

Ensaios Teológicos

Endereço:
Rua Dr. Pestana, 1021 - Centro
Ijuí / RS
98700-000
Site: http://www.ensaiosteologicos.fbp.edu.br
Telefone: 5533322205
ISSN: 24474878
Editor Chefe: Drª Marivete Zanoni Kunz
Início Publicação: 31/05/2015
Periodicidade: Semestral
Área de Estudo: Teologia

A DISCIPLINA MILITAR COMO ESCUSA DE CONSCIÊNCIA

Ano: 2016 | Volume: 2 | Número: 2
Autores: Edmar dos Santos Pedrosa
Autor Correspondente: E. S. Pedrosa | [email protected]

Palavras-chave: Crucificação. Exército Romano. Disciplina Militar. Escusa de Consciência.

Resumos Cadastrados

Resumo Português:

Independente da cultura local, crueldade sempre provocará sentimentos controversos. Não é novidade que alguns seres humanos são mórbidos quando se trata do sofrimento alheio, especialmente quando eles são os causadores. O exército romano era muito eficiente naquilo que fazia, especialmente na aplicação de sanções aos condenados. A rígida disciplina militar os obrigava a adotarem padrões cada vez mais elevados de conduta, inclusive agirem com extrema crueldade em suas ações. Faziam isso em nome de seus comandantes, em nome de sua legião e, acima de tudo, em nome de Roma. Jesus sofreu nas mãos deles e, mesmo tendo motivos de sobra para odiar, perdoou a seus algozes e clamou pelo perdão do Pai, sob a justificativa de que eles não sabiam o que faziam. Não sabiam a gravidade pecaminosa de suas ações, pois as cumpriam ipsis literis. Não é por acaso que os romanos formaram um dos maiores, senão o maior exército da Antiguidade. Tudo isso se deve à estrita disciplina de suas tropas. No drástico evento da crucificação de Jesus, contrariando as expectativas humanas, Ele lhes perdoa ao invés de os condenar, os ama ao invés de odiar. Ele era Deus, mas também era homem. O motivo que o levou a agir assim é alvo deste trabalho, bem como descobrir as razões que levaram homens a agirem com tamanha crueldade. A disciplina militar está por trás destas questões e, pelo menos no caso dos legionários romanos, serviu-lhes de escusa2 deconsciência, chamando a atenção do servo sofredor, entregue em suas mãos para ser morto.