No presente estudo investigou-se detalhadamente uma série de 184 rajadas de vento originalmente descartadas por Ferreira e Nascimento (2015) por apresentarem um comportamento aparentemente não concordante com atividade convectiva local por persistirem por várias horas. O objetivo neste estudo foi confirmar ou não a natureza convectiva destas rajadas.Utilizando-se dados horários das estações meteorológicas de superfÃcie do Instituto Nacional de Meteorologia (INMET), imagens do satélite Geostationary Operational Environmental Satellite (GOES 12 e 13), imagens de radares meteorológicos e dados de final analyse do modelo Global Forecast System (GFS-FNL) do National Centers for Environmental Prediction (NCEP) são analisados os 184 eventos de rajadas intensas, algums registrados por estações meteorológicas localizadas em altitudes elevadas e outros na região litorânea do sul brasileiro. Após uma análise criteriosa apenas 9 rajadas foram confirmadas como de origem convectiva. Para as estações de altitude o mecanismo forçante mais frequente associado à s rajadas de vento intensas persistentes foi a presença de um escoamento de norte-noroeste tipo Jato de Baixos NÃveis (JBN). Nas estações do litoral a maioria das rajadas intensas se originou de sistemas de baixa pressão em escala sinótica localizados próximos da costa do sul do Brasil, como ciclones extratropicais.