A comunidade brasileira vivencia um mo mento em que a Língua Brasileira de Sinais (Libras) ocupa maior espaço e visibilidade no cenário político e educacional brasileiro. Esta pesquisa busca analisar os discursos realizados em Libras e em Língua Portu guesa (vocalizado), com base na Linguís tica Sistêmico-Funcional (HALLIDAY, 1994; HALLIDAY ; MATTHIESSEN, 2004) e no Sis tema de Avaliatividade (MARTIN ; WHITE, 2005). Trata-se de uma pesquisa docu mental e pós-facto (GIL, 2002), cujo corpus é constituído pelo discurso de Michelle Bolsonaro, realizado em janeiro de 2019 e veiculado em Libras e em LP. A análise comparativa do discurso no par linguístico Libras – Língua Portuguesa, ou seja, o tex to sinalizado pela Primeira-Dama e o texto reproduzido em tradução direta, revelou diferenças nas escolhas léxico-gramaticais nos enunciados, afetando a compreensão pelos receptores da informação: a Comu nidade de Surdos, que acessou o texto em Libras e, de outro lado, a comunidade de ouvintes, que teve acesso ao texto lido oralmente pela intérprete.
The Brazilian community is experiencing a moment when the Brazilian Sign Language (Libras) occupies importance and visibili ty in the Brazilian political and educatio nal scenario. The present research aims to analyze the speeches made in Libras and in Portuguese (vocalized), based on Systemi c-Functional Linguistics (HALLIDAY, 1994; HALLIDAY & MATTHIESSEN, 2004) and in the Appraisal System (MARTIN & WHITE, 2005). The research is a documentary and post fact based on Gil (2002), whose corpus is constituted by the speech of Michelle Bolsonaro, in January 2019 and published in Libras and Portuguese, A comparative analysis of the speech was carried out in the linguistic pair Libras - Língua Portugue sa, that is, the text signaled by the f irst lady (analyzed in gloss) and the text reprodu ced in the voice version by the interpreter translator point to differences in the lexi cal-grammatical choices in the statements (in Libras and in Portuguese), affecting the understanding by the recipients of in formation: the deaf community, which ac cessed the text in Libras and, on the other hand, the community of listeners, who had access to the text read by an interpreter.