O presente trabalho visa analisar, por meio das noções de poder estudadas por Foucault, como os mecanismos oriundos da internet, nesse caso, o buscador Google, não se apresentam como no imaginário popular, ou seja, como democráticos e livres. Ao contrário, é possÃvel perceber como o controle exercido por esse(s) mecanismo(s) é fundamental para a manutenção dos discursos, das tendências, do consumo, etc. contrapondo a ideia de que tudo da rede é permitido e não vigiado e ao usuário seria possÃvel falar tudo o que quiser. O artigo analisa as polÃticas de privacidade e de termos de serviço e constata que o Google passa a ter posse de tudo aquilo que fazemos no site e nos outros sites de sua propriedade e o que compreendemos é que a sensação de ausência de poder é que alimenta o poder de mão única que o Google exerce sobre todos os nossos discursos.