Discurso e práxis na educação física escolar: (des)conhecimento do entorno natural

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ISSN: 1983-9030
Editor Chefe: Alcides José Scaglia
Início Publicação: 31/12/1987
Periodicidade: Anual
Área de Estudo: Educação física

Discurso e práxis na educação física escolar: (des)conhecimento do entorno natural

Ano: 2020 | Volume: 18 | Número: Não se aplica
Autores: F. Franco
Autor Correspondente: F. Franco | [email protected]

Palavras-chave: Educação física escolar, Projeto educativo, Praxiologia motriz, Espaço Natureza

Resumos Cadastrados

Resumo Português:

Este artigo pretende mostrar a relação entre o projeto educativo e o uso do espaço nas situações motrizes realizadas na EF e revelar as semelhanças e diferenças que se manifestam nas administrações pública e privada subvencionada. Se utilizou o método etnográfico a partir de um estudo de casos em um colégio público e em outro privado de Burgos, Espanha. Foram observadas as aulas de EF de um 6º de primaria (equivalente ao 7º ano do Ensino Fundamental) de cada escola durante o ano escolar 2009/2010. Foram descritas e analisadas as lógicas interna e externa de 510 situações motrizes: 242 realizadas no colégio público e 268 no privado. Constatou-se que os centros pretendem promover o conhecimento, o respeito e o cuidado do entorno natural e sociocultural, embora confinam a EF nos recintos específicos e higiênicos da área, limitando-se a ofertar práticas em um espaço estável, imutável. Em conclusão, os colégios coincidem tanto em seus discursos ecologistas como em suas práticas educativas intramuros, e, deste modo, orientam o uso do espaço à ausência de leitura e descodificação do entorno. Em definitivo, a instituição escolar valoriza a segurança espacial e varre a inteligência motriz associada ao uso do espaço.



Resumo Inglês:

This article aims to show the relation between the educational project and the use of space in the motor situations practiced in physical education (PE), as well as reveal the similitudes and differences that manifest in public and private administrations. We adopted the ethnographic method with case studies from both a public school and private Catholic school in Burgos, Spain, as a base. We observed the PE classes of a group of sixth graders in each of the schools during the 2009 – 2010 school year. We described and analyzed the internal and external logic of the 510 motor situations: 242 carried out in the public center and 268 practiced in the private center. We find that the centers aim to promote knowledge, respect and care for the natural and sociocultural environment, although they confine PE in the specific and hygienic facilities of the area, limiting themselves to offering practices without uncertainty. In conclusion, both schools coincide in their ecological discourses and in their intramural educational practices, and, in this sense; they guide the use of space towards the absence of reading and decoding the environment. In short, Primary school values ​​spatial security and sweeps away motor intelligence associated with the use of space.



Resumo Espanhol:

Este artículo pretende mostrar la relación entre el proyecto educativo de centro y el uso del espacio en las situaciones motrices realizadas en educación física (EF), así como revelar las similitudes y diferencias que se manifiestan en las administraciones pública y privada concertada. Adoptamos el método etnográfico a partir de un estudio de casos en un colegio público y en otro concertado de Burgos, España. Observamos las clases de EF de un grupo de 6º de primaria de cada escuela durante el curso 2009/2010. Describimos y analizamos la lógica interna y externa de 510 situaciones motrices: 242 realizadas en el centro público y 268 en el concertado. Constatamos que los centros pretenden promover el conocimiento, el respeto y el cuidado del entorno natural y sociocultural, si bien confinan la EF en los recintos específicos e higiénicos del área, limitándose a ofertar prácticas sin incertidumbre. En conclusión, los colegios coinciden tanto en sus discursos ecologistas como en sus prácticas educativas intramuros, y, en este sentido, orientan el uso del espacio hacia la ausencia de lectura y descodificación del entorno variable. En definitiva, la escuela primaria valora la seguridad espacial y barre la inteligencia motriz asociada al uso espacio.