Objetivou-se avaliar o perfil sóciodemográfico e clÃnico das pacientes do
ambulatório de uroginecologia de um hospital terciário em Fortaleza, Ceará. Trata-se de
estudo transversal realizado com 85 mulheres diagnosticadas com disfunção do assoalho
pélvico. A idade variou de 27 a 86 anos (média: 53,8±14,2). A maioria das pacientes era
casada (54,9%), estava fora do mercado de trabalho (40,0%) e não fumava (82,4%).
Aproximadamente metade encontrava-se na pós-menopausa (48,2%/M:15,7±10,0anos). A
maioria era multÃpara (89,4%), por parto via vaginal (92,9%/M:3,7±10,0). A principal queixa
relatada foi de incontinência urinária (74,1%). O diagnóstico de incontinência urinária mista
(IUM) foi o mais frequente (60,0%). Mais da metade das pacientes também apresentava
prolapso de órgãos pélvicos (75,3%), sendo mais comuns defeitos da parede vaginal anterior
(55,3%). A maioria (57,6%) possuÃa algum tipo de disfunção anorretal: constipação (40%),
tenesmo (37,6%), incontinência fecal (16,5%). A maioria afirmou perder urina várias vezes ao
dia (57,3%), com impacto na qualidade de vida. Os fatores de risco encontrados coincidem
com dados da literatura, bem como a prevalência de IUM. Diante da concomitância de
disfunções, ressalta-se a importância de abordar todas as patologias, pois são condições
prevalentes com implicações médicas, sociais, psicológicas e econômicas.
DESCRITORES: fatores socioeconômicos, distúrbios do assoalho pélvico, incontinência
urinária.
El objetivo fue evaluar el perfil sociodemográfico y clÃnico de las pacientes de
una clÃnica de uroginecologÃa de un hospital en Fortaleza. Se trata de un estudio transversal
con 85 mujeres con disfunción del suelo pélvico. La edad osciló entre 27 y 86 años (media:
53,8±14,2). La mayorÃa estaba casada (54,9%), fuera del mercado laboral (40,0%) y no
fumaba (82,4%). Aproximadamente la mitad eran postmenopáusicas (48,2% / M: 15,7 ± 10,0
años). La mayorÃa era multÃpara (89,4%) por vÃa vaginal (92,9% / M: 3,7 ± 10,0). La queja
principal fue de incontinencia urinaria (74,1%), y la incontinencia urinaria mixta (IUM) fue
más frecuente (60,0%). Más de la mitad también tenÃan prolapso de órganos pélvicos (75,3%),
de los cuales los más comunes fueran los defectos de la pared vaginal anterior (55,3%). La
mayorÃa (57,6%) presentaba algún tipo de disfunción anorrectal: estreñimiento (40%),
tenesmo (37,6%), incontinencia fecal (16,5%). La mayorÃa perdÃa orina varias veces al dÃa
(57,3%), con un impacto en la calidad de vida. Teniendo en cuenta los trastornos
concomitantes, es importante hacer frente a todas las patologÃas, ya que son condiciones
prevalentes con implicaciones médicas, sociales, psicológicas y económicas.
DESCRIPTORES: factores socioeconómicos, trastornos del suelo pélvico, incontinencia
urinaria.