As disputas e controvérsias na cancerologia paulista na primeira metade do século XX: o Instituto Paulista de Pesquisa sobre o Câncer

Revista Brasileira de História da Ciência

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ISSN: 2176-3275
Editor Chefe: Breno Arsioli Moura
Início Publicação: 01/07/2008
Periodicidade: Semestral
Área de Estudo: Ciências Humanas, Área de Estudo: História, Área de Estudo: Multidisciplinar

As disputas e controvérsias na cancerologia paulista na primeira metade do século XX: o Instituto Paulista de Pesquisa sobre o Câncer

Ano: 2021 | Volume: 14 | Número: 2
Autores: Elder Al Kondari Messora Carlos Fioravanti
Autor Correspondente: Elder Al Kondari Messora | [email protected]

Palavras-chave: Oncologia, Filantropia, Câncer, Instituições, Medicamentos antitumorais, Cancerologia

Resumos Cadastrados

Resumo Português:

Este artigo é um estudo de caso constituído a partir de documentos oficiais e notícias de jornais que resgata a trajetória do Instituto Paulista de Pesquisas sobre Câncer (IPPC), uma das primeiras iniciativas da sociedade civil a integrar estudos experimentais sobre o câncer e atendimento médico gratuito em São Paulo na década de 1950. Chefiado por Jorge Erdelyi, um eletrotécnico distante dos consensos e das autoridades da cancerologia, o Instituto gerou resistência de oncologistas, em especial os da Associação Paulista de Combate ao Câncer (APCC), que disputavam os recursos econômicos e o capital simbólico da luta contra o câncer em São Paulo. O insucesso da empreitada institucional do IPPC não está associado com o número de atendimentos ou com as pesquisas desenvolvidas em seus laboratórios, mas à incapacidade de seu dirigente para ascender por dentro, como especialista, ou por fora, como outsider, na própria cancerologia.