Distribuição geográfica da produção e colaboração científica brasileira nas Ciências Biomédicas

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ISSN: 1808-5245
Editor Chefe: Samile Andréa de Souza Vanz
Início Publicação: 01/01/1986
Periodicidade: Quinzenal
Área de Estudo: Ciências Sociais Aplicadas, Área de Estudo: Ciência da informação

Distribuição geográfica da produção e colaboração científica brasileira nas Ciências Biomédicas

Ano: 2017 | Volume: 23 | Número: Especial
Autores: Natascha Helena Franz Hoppen, Dirce Maria Santin, Maurício de Vargas Corrêa, Samile Andréa de Souza Vanz
Autor Correspondente: Natascha Helena Franz Hoppen | [email protected]

Palavras-chave: Bibliometria, Cientometria, Ciências Biomédicas, Brasil, Produção científica, Colaboração científica, Análise geográfica

Resumos Cadastrados

Resumo Português:

As Ciências Biomédicas constituem um importante campo de pesquisa
no Brasil, tanto pelo estudo de doenças locais típicas quanto pelo enfoque em
temas de interesse universal. Este estudo faz inicialmente um levantamento da
institucionalização das Ciências Biomédicas no Brasil e, depois, analisa a
distribuição geográfica da produção e da colaboração científica dessas áreas no
país, a fim de compreender as configurações atuais do campo e a concentração e
dispersão das pesquisas no território nacional. Trata-se de uma pesquisa
bibliométrica realizada com base nos artigos publicados na última década (2006–
2015) por pesquisadores brasileiros em periódicos indexados na Web of Science.
Os resultados revelam a concentração da produção em poucos estados, com
destaque para São Paulo, presente em quase 50% dos artigos e sendo o mais
colaborativo com unidades federativas de outras regiões do país. Outro destaque é
o estado do Rio de Janeiro, segundo mais produtivo e responsável, junto com São
Paulo, pelos cinco periódicos que mais publicaram artigos da área no período
estudado. Minas Gerais, Rio Grande do Sul, Paraná e Santa Catarina são os
estados seguintes em termos de produtividade. Os clusters de colaboração são
formados por estados da mesma região ou próximos geograficamente.
Pernambuco e Espírito Santo são também unidades federativas com destaque para
seus modos de produção e papel de colaboração em seus clusters. Os estados do
norte do país são os menos produtivos, seguidos pelos da região Nordeste, o que
aponta necessidade de mais políticas públicas para o desenvolvimento científico
dessas regiões. Conclui-se que a proximidade geográfica é um fator importante na
colaboração e mesmo na produtividade, tendo em vista que estados mais
produtivos estão próximos entre si e se mostram bastante colaborativos.



Resumo Inglês:

The Biomedical Sciences constitute an important field of research in
Brazil, both by the study of typical local diseases and by focusing on subjects of
universal interest. This study initially makes a survey of the institutionalization
of Biomedical Sciences in Brazil and subsequently analyzes the geographical
distribution of production and scientific collaboration in these areas in the
country in order to understand the current settings of the field and the
concentration and dispersion of research in the national territory. This is a
bibliometric study based on articles published in the last decade (2006–2015) by
Brazilian researchers in journals indexed in the Web of Science. The results
show the concentration of production in a few states, especially São Paulo,
present in almost 50% of the articles and the most collaborative among the
federal units from other regions of the country. Another highlight is the state of
Rio de Janeiro, the second most productive and responsible, along with São
Paulo, for the five journals that most published Biomedical Sciences articles in
the period under study. Minas Gerais, Rio Grande do Sul, Paraná and Santa
Catarina are the next states in terms of productivity. Federal units of the same
region or geographically close form collaboration clusters. Pernambuco and
Espírito Santo are also states highlighted for their modes of production and
collaborative role in their clusters. The country’s northern states are the least
productive followed by those of the Northeast, which indicates the need for
more public policies for scientific development of these regions. The conclusion
says that geographical proximity is an important factor in cooperation and even
productivity considering that federal units that are more productive are close to
each other and show huge collaboration between them.