Objetivo: analisar a distribuição e autocorrelação espacial das taxas de autoteste de HIV. Métodos: estudo ecológico, referente aos autotestes de HIV distribuídos. Os registros foram obtidos a partir de dados secundários do Sistema de Controle Logístico de Medicamentos. Utilizou-se o coeficiente de autocorrelação de Moran para análise estatística da dependência espacial. Resultados: foram analisados 622.822 registros de autoteste de HIV disponibilizados no Brasil, apresentando autocorrelação espacial positiva com o Índice de Moran Global de 0,199 (p=0,046) no período. Ocorreu um aumento das taxas de autoteste de HIV ao longo dos anos, sendo que as maiores taxas estiveram concentradas nas regiões Sul e Norte do Brasil, com maior concentração de distribuição na faixa etária entre 25 e 29 anos. Conclusão: mesmo diante do aumento das taxas de autoteste de HIV, ainda há importantes disparidades entre os estados, sinalizando que estratégias para distribuição do autoteste de HIV e utilização são necessárias no país. Contribuições para prática: este trabalho contribui para fomentar o aprimoramento de estratégias e a (re)formulação de novas políticas de saúde voltadas à expansão do diagnóstico de indivíduos que têm HIV e não sabem.
Objective: to analyze the distribution and spatial autocorrelation of HIV self-testing rates. Methods: this is an ecological study of distributed HIV self-tests. The records were obtained from secondary data from the Medicines Logistics Control System. Moran's autocorrelation coefficient was used for statistical analysis of spatial dependence. Results: 622,822 HIV self-test records made available in Brazil were analyzed, showing positive spatial autocorrelation with a Global Moran's Index of 0.199 (p=0.046) over the period. There has been an increase in HIV self-testing rates over the years, with the highest rates concentrated in the South and North of Brazil, with a higher concentration of distribution in the 25-29 age group. Conclusion: despite the increase in HIV self-testing rates, there are still significant disparities between states, indicating that strategies for HIV self-test distribution and use are needed in the country. Contributions to practice: this work contributes to the improvement of strategies and the (re)formulation of new health policies aimed at expanding the diagnosis of individuals who have HIV and don't know it.