DIVERSIDADE DA FLORA DANINHA EM LAVOURAS CAFEEIRAS FERTIRRIGADAS DO ALTO PARANAÍBA-MG.

Evolução e Conservação da Biodiversidade

Endereço:
Laboratório de Genética Ecológica e Evolutiva, UFV - Campus de Rio Paranaíba, Rodovia BR 354, km 310, Cx Postal 22
/ MG
38810-000
Site: http://www.simposiodabiodiversidade.com.br/ecb
Telefone: (34)3855-9023
ISSN: 22363866
Editor Chefe: Rubens Pazza
Início Publicação: 30/04/2010
Periodicidade: Anual
Área de Estudo: Biologia geral

DIVERSIDADE DA FLORA DANINHA EM LAVOURAS CAFEEIRAS FERTIRRIGADAS DO ALTO PARANAÍBA-MG.

Ano: 2010 | Volume: 1 | Número: 1

Palavras-chave: Coffea arabica, plantas daninhas, biodiversidade

Resumos Cadastrados

Resumo Português:

O Café (Coffea arabica) é uma das principais culturas agrícolas do Brasil, ocupando lugar de
destaque na economia nacional, como um dos produtos agrícolas mais exportados. A
interferência das plantas daninhas no cafeeiro pode reduzir drasticamente a produção,
sobretudo pelos efeitos de competição por água, nutrientes, luz e CO2, e os efeitos alelopáticos.
A escolha do programa mais eficiente no manejo das plantas daninhas em lavouras cafeeiras,
com a indicação do(s) método(s) mais indicado(s), depende da identificação da biodiversidade
das espécies daninhas presentes nas áreas agrícolas. Objetivou-se identificar as principais
espécies daninhas que ocorrem em lavouras de café do Alto Paranaíba-MG, durante o período
de maior índice pluviométrico (setembro a abril). O experimento foi instalado na Fazenda
Transagro, município de Rio Paranaíba-MG, no delineamento em blocos casualizados, com
quatro tratamentos e oito repetições. A lavoura foi implantada em dezembro 2006, no
espaçamento 3,80 x 0,50 m. Foram feitas amostragens em quatro épocas (tratamentos),
durante o período de setembro(2008) a maio(2010): 25/10/08 (época 1), 24/12/08 (época 2),
13/03/09 (época 3) e 13/04/10 (época 4). As plantas daninhas foram coletadas aleatoriamente,
com um quadrado de ferro de 30 cm de lado (0,09 m2), em oito pontos na lavoura, na
entrelinha, próximo à saia do cafeeiro, sendo separadas por espécies, identificadas e contadas.
Com os resultados obtidos foram calculados os seguintes parâmetros: Frequência (F), Densidade
(D), Abundância (A), Frequência Relativa (Fr,%), Densidade Relativa (Dr,%), Abundância Relativa
(Ar,%) e Índice de Valor de Importância (IVI,%). Foram encontrados um total de 26 espécies de
plantas daninhas nas quatro épocas de avaliação, sendo as principais espécies, de acordo com o
Índice de Valor de Importância, compostas por: Época 1: Bidens pilosa L. (61,30%), Eleusine
indica (L.) Gaerth (39,28%), Oxalis latifolia Kunth (32,57%) e Galinsoga parviflora Cav. (27,63%);
Época 2: Brachiaria plantaginea (link) Hitche (70,74%), Digitaria horizontalis Willd (40,38%),
Bidens pilosa L. (34,83%) e Amaranthus retroflexus L. (30,14%); Época 3: Leonurus sibiricus L.
(44,76%), Eleusine indica (L.) Gaerth (34,36%), Galinsoga parviflora Cav. (30,03%) e Sida
rhombifolia L. (28,36%); Época 4: Commelina benghalensis L. (64,08%), Oxalis latifolia Kunth
(49,98%), Lipidium Virginicum L. (38,15%) e Sida rhombifolia L. (34,90%). A flora infestante
apresentou grande variação durante o período experimental em função do manejo, e,
sobretudo devido à interação com os fatores edafoclimáticos, que provavelmente influenciaram
o potencial de competição intra e interespecífica da flora daninha durante o ano.