Embora plenamente assentado nos estudos sociolinguÃsticos contemporâneos, o conceito de variante linguÃstica demanda uma revisão teórica, se observado a partir da ótica dos estudos do léxico, sobretudo quando este estiver relacionado a pesquisas de viés histórico-variacional. Neste trabalho, apresentam-se considerações sobre os possÃveis limites de identificação e caracterização da unidade de variação lexical, quando consideradas alterações formais em outros nÃveis de análise, especialmente os de verve fonética. Utilizam-se, como suporte para a reflexões sobre o tema, considerações sobre o processo de constituição do léxico do português e, em especial, os resultados de fenômenos de convergência e divergência etimológicas registrados na história da lÃngua.
Even though the concept of linguistic variant has been fully established in contemporary sociolinguistic studies, it demands a theoretical review when it is considered from the perspective of lexicon studies, especially when related to historical and variational biases. In this paper, we present limits on identification and characterization of lexical variation, considering formal changes that may occur at other levels of analysis, especially at the morphological or phonetic ones. To support the reflections on the topic, we discuss the process of lexicon constitution in Portuguese and the results of etymological convergence and divergence present in the history of the language. Based on the analysis presented, it is proposed that research on lexical variation should incorporate to this notion any significant formal or content changes.