A diversidade sexual e de gênero é constantemente desprezada pelas pedagogias da sexualidade heteronormativas. Desqualificadas como pecado, desvio ou anormalidade, as diferenças são governadas pela norma heterossexual. Diante do atual debate sobre a inclusão/exclusão das discussões de gênero e sexualidade na educação brasileira e a emergência de movimentos conservadores e fundamentalistas como Escola Sem Partido, é de suma importância refletir não apenas sobre as concepções de gênero e sexualidade que referenciam as políticas e práticas curriculares das escolas públicas do país, mas também questionar as práticas discursivas relacionadas a essas temáticas a fim de se pensar numa educação contra-heteronormativa. Este artigo é constituído por essas reflexões a partir de entrevistas e questionários abertos realizados em quatro escolas públicas estaduais da cidade de Sobral/CE. Das constatações da pesquisa, é possível identificar a necessidade de queerizar o pensamento e a prática tanto de formadores de docentes quanto do/as professore/as em exercício, para além da ideologia heteronormativa que se materializa na “pedagogia do armário” e do “insulto”.
Sexual and gender diversity is constantly despised from the pedagogies of heteronormative sexuality. Disqualified as sin, deviation or abnormality, the differences are governed by the heterosexual norm. Given the current debate on the inclusion / exclusion of gender and sexuality discussions in Brazilian education and the emergence of conservative and fundamentalist movements as School No Party, it is very important to reflect not only on gender and sexuality conceptions that refer to the political and curricular practices of public schools in the country, but also question the discursive practices related to these issues in order to think of education counter-heteronormative. This article consists of these reflections from open interviews and questionnaires conducted in four public schools in the city of Sobral / EC. The findings of the research, it can be said that a biologizing vision, naturalizing and binary gender and sexuality through the conceptions and teaching practices that materialize in the "closet pedagogy" and "insult".