A urgência de compreender a derrota da esquerda com o Golpe de 1964 levou o crítico de arte e militante socialista Mário Pedrosa (1900-1981) a sistematizar seu pensamento político em A Opção Imperialista e A Opção Brasileira. Nos dois livros lançados em 1966 pela Civilização Brasileira, procurou analisar a organização militar como um ator político com especificidades. Formada no interior da Escola Superior de Guerra (ESG), a ideologia militar precisava ser compreendida para tornar inteligível a razão de os militares assumirem o poder político diretamente e os possíveis desdobramentos disso. O Golpe de 1964, para Pedrosa, teve um móvel endógeno, que sofreria modificações com os militares no governo. A hipótese é que presos às teses do liberalismo ao darem o Golpe de 1964, se afastariam delas conforme fossem ocupando postos estratégicos na máquina estatal, notando os conflitos de interesses entre o Estado e o capital financeiro internacional.
The urgency of understanding the defeat of the left with the 1964 Coup in Brazil led art critic and socialist activist Mário Pedrosa (1900-1981) to systematize his political thinking in A Opção Imperialista and A Opção Brasileira. In both books published in 1966 by the Civilização Brasileira, he tried to analyze the military organization as a political actor with specifics. Formed within the Escola Superior de Guerra (ESG), military ideology needed to be understood to make intelligible the reason why the military took political power directly and the possible consequences of that. The 1964 coup in Brazil, for Pedrosa, had an endogenous piece of furniture that would undergo modifications with the military in government. The hypothesis is that if they were held to the theses of liberalism by giving the 1964 coup, they would move away from them as they occupied strategic positions in the state machine, noting the conflicts of interest between the state and international financial capital.