O objeto de pesquisa no decorrer do transcurso de um doutorado pode vir a se alterar, dependendo de algumas influências que venha a sofrer. O intento deste artigo é descrever como houve a construção do objeto de pesquisa de uma doutorada no curso interdisciplinar em Ciências Humanas, da UFSC. Por isso, pretendo analisar os percalços, erros e acertos, e as influências geradas pelos professores orientadores e pelos aportes teóricos e disciplinares no caminhar da escrita do projeto de tese e na tese, propriamente. A metodologia utilizada foi bibliográfica e prioritariamente empírica, no intuito de delinear como a pesquisadora iniciou sua pesquisa com o enfoque no lixo produzido nas ferramentarias de fabricação de plástico e partiu até a nobreza dos edifícios de cinemas de rua, recentemente tombados e declarados patrimônio cultural da cidade de Joinville. A conclusão que se obtém até o momento é que pesquisas interdisciplinares possuem um quê de dificuldade a mais que doutorados disciplinares e especializados. Num curso especializado já se sabe de antemão quais os “limites” que se pode transcorrer e quais são os teóricos que se pode beber.
