Do nomadismo ao "ideocídio": o imaginário fenomenológico dos rolezinhos na pós-modernidade

Lumina

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ISSN: 19814070
Editor Chefe: Gabriela Borges Martins Caravela
Início Publicação: 31/05/2007
Periodicidade: Quadrimestral
Área de Estudo: Comunicação

Do nomadismo ao "ideocídio": o imaginário fenomenológico dos rolezinhos na pós-modernidade

Ano: 2016 | Volume: 10 | Número: 1
Autores: Eduardo Portanova Barros, Ana Taís Martins Portanova Barros
Autor Correspondente: E. P. Barros, A. T. M. P. Barros | [email protected]

Palavras-chave: imaginário; cotidiano; rolezinhos; pós-modernidade; trágico

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Resumo Português:

Este artigo procura situar os rolezinhos - jovens de periferia que se deslocam em grupos aos shoppings - dentro de uma leitura interdisciplinar baseada, primeiro, na ideia de nomadismo desenvolvida por Maffesoli (2001). Também veremos os rolezinhos, filosoficamente falando e nos apoiando em Nietzsche, como uma afronta ao “ideal ascético”, o de uma necessidade de um objetivo. Além disso, traremos uma possível relação entre este panorama dos rolezinhos com a perspectiva daquilo que o antropólogo e cientista político indiano Arjun Appadurai (2009) denomina “ideocídio”: um modo de vida considerado perigoso à ordem das coisas. A metodologia se baseia no caráter fenomenológico (aquilo que se dá a ver) dessa prática e na ideia de uma tradição compreensiva de matriz weberiana, no sentido de superar uma visão objetivista dos fenômenos sociais. Isso quer dizer: sem resolução ou acabamento. Trata-se, em suma, de ultrapassar um dualismo das imagens, ultrapassamento esse que reconhece, por outro lado, a configuração de um choque de antíteses.

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