Do prólogo de sangue ao epílogo de bronze: a construção de um herói para Sergipe

Em Tempo de Historias

Endereço:
Universidade de Brasília - Departamento de Historia - - Programa de Pós-Graduação em História - ICC - Ala Norte - 1º andar - Sala 657.
Brasília / DF
70910900
Site: https://periodicos.unb.br/index.php/emtempos
Telefone: (61) 3107-7548
ISSN: 2316-1191
Editor Chefe: Artur Nogueira Santos e Costa
Início Publicação: 30/11/1995
Periodicidade: Semestral
Área de Estudo: Educação, Área de Estudo: História

Do prólogo de sangue ao epílogo de bronze: a construção de um herói para Sergipe

Ano: 2007 | Volume: 1 | Número: 11

Palavras-chave: Monumento, representações, memória.

Resumos Cadastrados

Resumo Português:

Este artigo tem por objetivo reconstituir a história da construção do monumento a Fausto Cardoso em Aracaju, analisando sob que condições se efetivou e quais os interesses subjacentes nessa construção. Após a morte de Fausto Cardoso teve início um amplo movimento de culto à sua memória, cujo ápice se assinala na inauguração do monumento, em 1912, na principal praça de Aracaju. A construção do monumento é resultado das ações coordenadas pelos seguidores de Fausto Cardoso que, em razão do assassinato de seu líder no desfecho da revolta contra o grupo olimpista, apresentam-no como o mártir e o herói da liberdade dos sergipanos, ao mesmo tempo em que se colocam como seus herdeiros políticos e, conseqüentemente, como membros do único grupo capaz de levar a efeito a liberdade pela qual ele havia morrido.



Resumo Inglês:

This article’s objective is to rebuild the history of the construction of the
monument for Fausto Cardoso in Aracaju, analyzing under which conditions it was built and
what are the monument’s underlying interests for the construction. Ample cultural activity in
his memory, followed Fausto Cardoso’s death and this reached its peak upon the inauguration
of the monument in 1912, in Aracaju’s main square. The construction of the monument was
the result of actions coordinated by Fausto Cardoso’s followers, who because of their leader’s
assassination as a consequence of the revolt against the Olimpista group, presented him as a
martyr and hero of the freedom of the Sergipanos (people from the state of Sergipe, the capital
of which is Aracaju), at the same time as he placed them as his political heirs and
consequently as members of the only group capable of carrying forward the freedom effect
for which he had died.