Neste artigo, pretende-se compreender porque o empresariado assumiu a divulgação de discursos e práticas de Responsabilidade Social Empresarial (RSE) no Brasil, ao passo que foi a sociedade civil organizada que o fez na Argentina. Desse modo, além do esforço comparativo – sempre útil para apontar semelhanças e diferenças, criar escalas e sugerir generalidades – compreende-se que há uma lacuna na abordagem do tema que precisa ser suprimida: a construção de um marco histórico sobre a ação empresarial em relação à questão social. Como corolário, pretende-se entender o quadro contextual que reveste de sentidos a expressão RSE em cada realidade nacional analisada, bem como apontar a passagem da relevância da questão social à relevância da questão ambiental, levando em consideração o fato de que mesmo sendo uma temática global ela não é homogênea.
The attempt of the following article is to understand why the business community have assumed the control of the dissemination of discourses and practices of CSR in Brazil, while in Argentina the same has been done by the civil society. Thereby, apart from the comparative effort – always useful to indicate similarities and differences create scales and suggest generalizations – it is easy to have a comprehension about the existence of a gap while addressing the issue, which needs to be suppressed: a landmark construction regarding business action in relation to the social question. As a corollary, we intend to apprehend the contextual framework of meanings related to the term CSR in each national reality were they were analyzed, as well as pointing how this question have morphed from the social question, to the environmental one, taking into consideration the fact that, although being a global discourse, it is far from being homogeneous or undiversified.