Este artigo pretende analisar a memória da ditadura militar brasileira através de uma aproximação ao documentário Os dias com ele, de Maria Clara Escobar. Produzido em 2013, Os dias com ele pode ser enquadrado em uma zona do documentário contemporâneo que, no lugar da certeza argumentativa, aponta à incerteza através da perfomartização da subjetividade. Ancorado por uma narração pessoal e em primeira pessoa que, embora não deixe de levantar questões, se propõe pouco a respondê-las, o filme deve também ser visto como uma busca identitária. Dessa maneira, temos um questionamento acerca do significado dos anos de ditadura militar a partir de um enfoque pessoal, onde no centro está uma narrativa privada, que se afasta da utilização de registros documentais oficiais e do diálogo com vozes de autoridade.
This article aims to analyze the memory of the brazilian military dictatorship through an approach to the documentary Os dias com ele, from Maria Clara Escobar. Produced in 2013, Os dias com ele can be framed in an area of contemporary documentary that instead of argumentative certainly points to the uncertainty through the performance of the subjectivity. Anchored by a personal and in first person narration, the film doesn’t stop to raise questions, but doesn’t answer them. It should be seen as an identity search. Thus, the film questions the meaning of the years of the military dictatorship from a personal approach having in the focus a private narrative, excluding the use of official documentary record and authority voices.
