A sociedade se organiza em redes. A perspectiva das redes, então, é algo que deve ser considerado como inerente
à vida social, especialmente, quando se observa o fato de que não é viável (ou mesmo possÃvel) para um dado ator
– seja ele uma pessoa ou uma organização – viver de forma completamente independente e isolada de outros e em
múltiplas instâncias. Estes arranjos ou estruturas em rede, habitualmente, são abordados na literatura de
Administração sob uma perspectiva organizacional e, nesse sentido, podem ser formados em contextos que variam
entre a competição, a colaboração e um tipo de relação mista. Nesta, atores que normalmente competem entre si
resolvem colaborar de alguma forma para atingir algum objetivo que seja comum, ou seja, tem-se a colaboração
entre atores que interagem em um ambiente competitivo. A este tipo de relação entre as organizações dá-se o nome
de coopetição. O presente trabalho propõe que seja abandonada a exclusividade da adoção do termo e desta
modalidade de relação no contexto meso. Para demonstrar que não há argumentação teórica suficientemente
organizada que leve o pesquisador a acreditar que esta abordagem deva ser associada exclusivamente a um
contexto meso, o presente trabalho lança mão de um estudo bibliográfico sobre o conceito em questão. Como
previamente apresentado, o objetivo é o de evidenciar que o conceito de coopetição, também, pode ser aplicado
ao contexto das relações individuais.
Society is organized in networks. The network perspective is something that should be regarded as inherent to
social life, especially when looking at the fact that it is not feasible (or even possible) for a given actor - whether
a person or an organization - to live completely independently and isolated from others. These arrangements or
network structures are usually addressed in management literature under an organizational perspective and,
accordingly, may be formed in contexts ranging from competition, collaboration and a mixed type of relationship.
In the latter, players who normally compete instead collaborate to achieve any goal that is held in common. This
type of relationship between organizations is denominated coopetition. This paper proposes abandoning the
exclusive adoption of the term and this type of relationship in the meso context. To demonstrate that there is no
theoretical argument sufficiently organized that leads researchers to believe that this approach should be linked
exclusively to a meso context, this paper makes use of a bibliographic study. As presented, the goal is to show that
the concept of coopetition can also be applied to the context of individual relationships (micro).