Doença da via aérea única

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ISSN: 23183691
Editor Chefe: Orfa Yineth Galvis-Alonso
Início Publicação: 31/12/2001
Periodicidade: Trimestral
Área de Estudo: Multidisciplinar

Doença da via aérea única

Ano: 2004 | Volume: 11 | Número: 1
Autores: Eliana Toledo
Autor Correspondente: Eliana Toledo | [email protected]

Palavras-chave: Asma, Rinite, Rinossinusite, Inflamação

Resumos Cadastrados

Resumo Português:

Objetivo: Rinite alérgica, rinossinusite e asma são doenças alérgicas que frequentemente coexistem no mesmo
paciente. Compartilham as mesmas características anatômicas, fisiológicas e imunopatológicas. Apresentam
também fatores precipitantes e terapêutica semelhantes. Este artigo revisa as atuais evidências que apontam
essas entidades clínicas como partes de uma síndrome inflamatória única, a doença da via aérea única.
Métodos: Foi realizada uma análise crítica e objetiva da literatura médica por pesquisa através da MEDLINE
dos estudos mais relevantes sobre a interrelação entre rinite-rinossinusite-asma alérgicas publicadas desde
1994.
Resultados: A asma está presente em mais da metade dos pacientes com rinite alérgica. Foi observado que
pacientes com rinite alérgica e sem asma apresentam hiperresponsividade brônquica que piora quando tais
pacientes são submetidos a desencadeamento nasal específico. Por outro lado, o desencadeamento brônquico
seletivo induz sintomas nasais. As prováveis causas para essa interligação incluem drenagem pós nasal
para os brônquios, a presença de um reflexo nasobrônquico, a inalação de ar seco e frio secundária à obstru-
ção nasal e absorção sistêmica de mediadores liberados no nariz. Existe ainda uma ligação entre asma e
rinossinusite. O tratamento das doenças das vias aéreas superiores melhora o controle da asma.
Conclusões: Evidências atuais sugerem que doenças alérgicas como rinite, rinossinusite e asma fazem parte
de uma síndrome inflamatória sistêmica. A interrelação entre vias aéreas superiores e inferiores é bidirecional
e sistêmica. Pacientes com rinite alérgica têm maior risco de desenvolverem asma e formam um grupo cuja
intervenção precoce poderia interromper a marcha alérgica.



Resumo Inglês:

Objective: Allergic rhinitis, sinusitis and asthma are common diseases, coexisting frequently in the same
patient. They have similar anatomic, physiologic and immunopathlogic features with the same immune inflammatory
triggers as well as treatments . This paper reviews the update findings which point out these clinical
entities suggesting them as a single inflammatory syndrome; that is, the disease of the single airway.
Data Source: The most significant studies on the interrelation of rhinitis, sinusitis and asthma since 1994 was
undertaken by means of a MEDLINE survey.
Results: More than a half of the population with allergic trinities may present asthma. It has long been
observed that patients with allergic rhinitis with no diagnosis of asthma have increased airway responsiveness.
When they undergo nasal allergen challenge, lower airway hypeyrresponsiveness may increase. Triggering
factors which may influence bronchial hyperrespnsiveness in patients with allergic rhinitis are: postnasal
drainage into the bronchi , the presence of a nasobronchial reflex, nasal obstruction leading to inhaling
dry air and systemic absorption of inflammatory mediators released in the nose. There is also a linkage
between asthama and sinusitis. The treatment of the upper airways may improve lower airway symptoms.
Conclusions: Current evidences suggest that diseases such as allergic rhinitis, rhinosinusitis and asthma are
part of a greater systemic inflammatory syndrome. The interrelation between the upper and lower airways is bidirectional
and systemic Patients with allergic rhinitis are at a greater risk to develop asthma . An early
intervention in this group of patients could interrupt the allergic march.