A doença de Alzheimer (DA) é uma doença neurodegenerativa progressiva caracterizada pela perda de memória e
prejuÃzo de múltiplas funções cognitivas, em consequência ao acúmulo da proteÃna β-amiloide (β-A) e de emaranhados
neurofibrilares. Muitos estudos têm sido publicados mostrando que a DA representa fundamentalmente uma doença
metabólica com prejuÃzo na produção energética e utilização da glicose pelo cérebro. Estas anormalidades estão
relacionadas com a resistência cerebral à insulina e ao fator de crescimento sÃmile à insulina (IGF) e, assim, com a
ruptura das vias de sinalização que regulam a sobrevivência de neurônios, a produção de energia, a expressão gênica e a
plasticidade. Ademais, indivÃduos que apresentam intolerância à glicose, deficiência na secreção de insulina ou diabetes
mellitus tipo 2 possuem risco significantemente maior para o desenvolvimento de DA, uma vez que a resistência periférica
à insulina apresenta-se como um fator desencadeante para a sua resistência cerebral. Haja vista essas evidências, tornase
claro como o alto consumo de alimentos processados com baixo aporte de nutrientes essenciais para o SNC pode
comprometer o correto funcionamento do cérebro e predispor a doenças neurológicas. Aqui, é mostrada a influência
que a nutrição pode exercer sobre a DA, bem como o papel de nutrientes e compostos que auxiliam no quadro, como
ácido alfa-lipoico, picolinato de cromo, vitamina E, resveratrol, epigalocatequina galato, curcumina e ômega 3.
Alzheimer’s disease (AD) is a progressive neurodegenerative disease characterized by memory loss and impairment
of multiple cognitive functions, as a consequence of the accumulation of β-amyloid protein (β-A) and neurofibrillary
tangles. Many studies have been published showing that AD is a metabolic disease, with decreased energy production
and utilization of glucose in the brain. These abnormalities are related to brain resistance to insulin and insulin-like
growth factor 1 (IGF-1), and thus disruption of signaling pathways that regulate neuronal survival, energy production,
gene expression and plasticity. Furthermore, people with glucose intolerance, deficiency in insulin secretion or type 2
diabetes mellitus have a significantly higher risk to develop AD, since peripheral insulin resistance is a trigger for brain
insulin resistance. Considering this evidence, it becomes clear that high consumption of processed foods with low intake
of nutrients essential for the CNS can compromise correct brain function and predispose to neurological diseases. This
paper presents the influence of nutrition on AD, and the role of nutrients and compounds that improve this condition,
such as alpha-lipoic acid, chromium picolinate, vitamin E, resveratrol, epigallocatechin gallate, curcumin and omega 3.