Objetivos: comparar as oscilações da pressão arterial, com e sem cruzar as pernas.
Métodos: oito medidas seriadas de pressão arterial, com intervalos de um minuto, foram feitas em cada um de 80 pacientes consecutivos. Na primeira metade dos pacientes (Grupo 1, 40 pacientes), as quatro últimas medições foram tomadas depois que o paciente cruzou as pernas na altura dos joelhos. Na segunda metade da amostra(Grupo 2, 40 pacientes), todas as oito leituras foram feitas sem cruzar as pernas.
Resultados: a Pressão Arterial Sistólica no Grupo 1 oscilou de 132,4±20,9 mmHg no pré-cruzamento das pernas para 137,3±24 mmHg após o cruzamento e, no Grupo 2, passou de 132,1±16,2 mmHg nas primeiras quatro medidas para 130,5±16,4 mmHg nas últimas quatro. A variação no Grupo 1 foi de 4,9 e no Grupo 2 foi de -1,59 (intervalo de 6,5), e esta diferença foi significativa (p=0,001). A Pressão Arterial Diastólica no Grupo 1 variou de 80,9±4 mmHg no pré-cruzamento para 82,3±14 mmHg após o cruzamento das pernas, e no Grupo 2, variou de 79±11 mmHg para 80,1±11 mmHg entre as quatro primeiras e as quatro últimas aferições. A variação no Grupo 1 foi de 1,48 e no Grupo 2 foi de 0,79 (intervalo de 0,69), diferença não significativa (p=0,59).
Conclusões: houve um aumento estatisticamente significativo, mas muito modesto, na Pressão Arterial Sistólica entre o pré-cruzamento e o pós-cruzamento das pernas. Na Pressão Arterial Diastólica pré e pós-cruzamento de pernas não houve diferença significativa. Na prática clÃnica, a variação na aferição de pressão arterial, com e sem cruzar as pernas, provavelmente não tem relevância clÃnica, devido à sua pequena magnitude, similar à variação que ocorre ao acaso.
Aims: To compare oscillations in blood pressure with and without crossing legs.
Methods: Eight serial measurements of blood pressure with intervals of one minute were made in each of 80 consecutive patients, in the sitting position. In the first half of the patients (Group 1, 40 patients), the four last measurements were taken after the patient crossed the legs at knee level. In the second half of the sample (Group 2, 40 patients), all the eight readings were done without crossing legs.
Results: Systolic Blood Pressure in Group 1 oscillated from 132.4±20.9 mmHg pre-crossing to 137.3±24 mmHg post-crossing, and in Group 2, it changed from 132.1±16.2 mmHg in the first four measurements to 130.5±16,4 mmHg in the last four measurements. The variation in Group 1 was 4.9 and in Group 2 was -1.59 (range 6.5), and this difference was significant (p=0.001). Diastolic Blood Pressure in Group 1 varied from 80.9±4 mmHg pre-crossing to 82.3±14 mmHg post-crossing, and in Group 2, it varied from 79±11 mmHg to 80.1±11mmHg between the first four and last four measurements. The variation in Group 1 was 1.48 and in Group 2 was 0.79 (range 0.69), and this difference was not significant (p=0.59).
Conclusions: There was a statistically significant but very modest increase in Systolic Blood Pressure from pre-crossing to post-crossing legs. There was no significant change between Diastolic Blood Pressure pre and post-crossing legs. In clinical practice, variation in blood pressure measurement with and without crossing legs has probably no clinical relevance, because of its little magnitude, similar to variation that occur at random.