A trajetória de vida de uma criança abandonada demanda uma série de reflexões sobre a estruturação de sistemas relacionais em sociedades altamente hierarquizadas. Ao envolver a casa de um grande proprietário de escravos, possibilita, ainda, ponderar sobre as negociações ocasionadas por um contexto no qual a mobilidade social era parte da norma vigente. Assim, este artigo traz algumas considerações sobre a reprodução social e o papel desempenhado pela família no passado brasileiro.